Elodie Bouny nasceu em 1982, em Caracas, Venezuela; mas cresceu em Paris, onde estudou violão no Conservatório de Boulogne-Billancourt (Paris). Em 2000 obteve seu diploma, com menção mais alta por unanimidade. Em seguida, estudou com Pablo Márquez no Conservatório de Estrasburgo, onde ampliou seu repertório abordando a música antiga e a improvisação, concluindo em 2005, com a obtenção do Diploma de Estudos Musicais (D.E.M.). Durante os anos de estudos, complementou formação participando de masterclasses e cursos, dentre eles o de música da América do Sul, no Conservatório Nacional de Folclore de Buenos Aires, dirigido pelo violonista Juan Falú. Foi vencedora e finalista de vários concursos internacionais de violão. É mestra em Educação Musical pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012), e doutora em Processos Criativos pela mesma instituição (2019).
Como compositora, recebeu encomendas de obras de instituições como o Theatro Municipal de São Paulo, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Guitar Foundation of America e do Duo Siqueira-Lima, dentre outros. Algumas de suas obras são editadas pela Editions d’Oz (Canadá) e Editions Soldano (França). Suas orquestrações e composições são tocadas em salas como a Salle Pleyel e a La Philharmonie, em Paris, a Gewanhaus de Leipzig, o Teatro São Pedro, em Porto Alegre, o Teatro Cine Odeon, em Cuiabá, o Theatro Municipal de São Paulo e a Sala Cecília Meireles, sob a regência de maestros e maestrinas como Kristjan Jarvi, Alondra de La Parra e Roberto Minczuk. A obra Déja Vu, para quarteto de violões, foi selecionada para a XXIII Bienal de Musica Brasileira Contemporânea e teve a estreia brasileira em novembro de 2019, também na Sala Cecília Meireles. No mesmo ano, a Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo estreou Meia lágrima, para soprano e orquestra, com Marly Montoni e a regência de Roberto Minczuk. Da mesma instituição recebeu a encomenda da ópera Homens de papel, estreada em 2022 no Theatro Municipal de São Paulo.