Integrando as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, Concertos Sinos apresenta obras de dois compositores mineiros do início do século XIX. João de Deus de Castro Lobo nasceu em Vila Rica, atual Ouro Preto, em 16 de março de 1794. Estudou no Seminário de Mariana entre 1820 e 1824, onde foi ordenado padre. Em Vila Rica atuou como regente na Casa de Ópera e como organista junto à Ordem Terceira do Carmo. Em Mariana foi organista na igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Faleceu jovem, pouco antes de completar 38 anos, em 26 de janeiro de 1832. Ó Lingua Benedicta é uma Antífona para a Novena de Santo Antônio, com texto de autoria de São Boaventura. Já Beata es, Virgo Maria é um Ofertório para a festa da Visitação de Nossa Senhora, situada no calendário litúrgico em 2 de julho. As duas obras foram editadas pelo maestro Ernani Aguiar. Jerônimo de Souza Queirós, falecido ainda mais jovem do que Castro Lobo, integrou uma família de músicos muito atuante em Vila Rica ao longo do século XVIII e primeiras décadas do século XIX. A única obra de autoria comprovada de Souza Queirós é a Missa e Credo para coro e órgão, cujo manuscrito, datado de 1826, se encontra no Museu da Inconfidência de Ouro Preto. O Credo em Ré maior é uma reelaboração orquestrada do Credo de 1826, cuja edição foi preparada pelo maestro Carlos Alberto Figueiredo, que interpreta todo o programa à frente do conjunto Sacra Vox e da Orquestra Sinfônica da UFRJ. João de Deus de Castro Lobo (1794-1832) Ó Lingua Benedicta Beata es, Virgo Maria Jerônimo de Souza Queirós (1798–1828) Credo em Ré maior (1826) I- Patrem II- Et incarnatus III- Et resurrexit IV- Et unam sanctam V- Et vita venturi VI- Sanctus VII- Hosana VIII- Benedictus IX- Agnus Dei Sacra Vox (direção de Valéria Matos) Orquestra Sinfônica da UFRJ Regência de Carlos Alberto Figueiredo