O Engenheiro

Ópera em um ato encomendada pelo Sinos, tendo como personagem principal o engenheiro André Rebouças. A ação se passa no dia 15 de novembro de 1889, no Palácio Imperial do Rio de Janeiro. Aborda a relação de amizade de Rebouças com a família imperial, sua postura na defesa da monarquia por ocasião da proclamação da república e sua opção pelo exílio.  Cenas no exterior do palácio trazem como personagens os cativos recém libertos, com sua luta pela sobrevivência após a Abolição. A ópera foi estreada no Teatro São Pedro de Porto Alegre, com récitas nos dias 17 e 18 de outubro de 2021. O espetáculo teve a direção musical e regência de Evandro Matée, à frente da Orquestra de Câmara Teatro São Pedro. A direção cênica foi de José Henrique Moreira, que contou com a equipe criativa formada por Rodrigo Shalako (cenários), Antônio Rabadan (figurinos) e José Luis Fagundes (iluminação). Em 2022 a ópera ganhou uma segunda produção pelo projeto Ópera na UFRJ, que a apresentou nas cidades do Rio de Janeiro, Petrópolis e Juiz de Fora.

Personagens e registros vocais:

André Rebouças (barítono), engenheiro então com 51 anos;
Princesa Isabel (soprano ou mezzo), então com 43 anos;
Gastão, o Conde d’Eu (tenor), marido de Isabel, então com 47 anos;
Francisco, escravo-de-ganho recém liberto (tenor), cerca de 40 anos;
Joaquina, escrava-de-ganho recém liberta (soprano), cerca de 35 anos;
Visconde da Penha (barítono), cerca de 66 anos;
Baronesa de Muritiba (mezzo), 38 anos;
Guarda do Palácio (barítono), ex-escravo, cerca de 30 anos;
Manoela (mezzo), ex-escrava doméstica, 35 anos.

Instrumentação:

Cordas (vln. I e II, vla., vlc. e cbx.), flauta, oboé, clarineta em Bb, fagote, trompa em F, percussão (dois instrumentistas que tocam agogô, cabaça, caixa, caxixi, pandeiro, prato, surdo tom-tom e triângulo).