Libreto e música de João Guilherme Ripper.

Candinho

Alguns anos antes de sua morte prematura causada por envenenamento por chumbo, Candido Portinari (1903-1962) escreveu sobre sua infância na vila de Brodrosqui. O artista fez um relato detalhado da cidade, família, professores, amigos, primeiros amores e a descoberta do desenho. O tema da infância também permeia sua produção artística em telas como “O circo”, “Jogos Infantis”, “Menino Brodósqui” e “Menino Soltando Pipa”. Em 2022, o compositor João Guilherme Ripper recorreu aos escritos, desenhos e pinturas de Portinari para criar a ópera Candinho, voltada para o público jovem, a partir de encomenda do Sinos. Está estruturada em um ato e dez cenas. As pinturas de Portinari são a base para a construção de cenários e figurinos. Misturando realidade e ficção, Ripper recria o cotidiano do vilarejo de Brodosqui, as brincadeiras das crianças e as situações que acabaram levando ao surgimento do talentoso artista que se tornaria um dos maiores de sua geração. O palhaço Beringela é uma figura central na trama ao consolar Candinho e encorajá-lo imaginar e desenhar o circo depois que o menino perdeu a única apresentação do espetáculo na vila. 

Personagens e registros vocais:

Candinho (menino cantor ou tenor jovem)

Branca (menina cantora ou soprano jovem)

Maria José (soprano)

Gôndola e mão Domênica (mezzo-soprano)

Lavrador e Palhaço Beringela (tenor)

Padre Josué e pai Batista (barítono)

Candido Portinari (ator / narrador)

Crianças (coro infantil ou juvenil)

Instrumentação:

Cordas (vln. I e II, vla., vlc. e cbx.), flauta, oboé, clarineta em Bb, fagote e 2 trompas em F.

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