A Oficina de Violão Popular é composta por 24 módulos, distribuídos entre o violão de seis cordas e o violão de 7 cordas de aço – estas, as que abriram a série em outubro, com o músico Rogério Caetano (leia aqui matéria e entrevista com ele). “As videoaulas partem do nível básico e atingem os primeiros estágios do intermediário”, explica o professor Bartholomeu Wiese. Seguindo um roteiro preestabelecido, cada videoaula dará sequência a aula anterior. Concentrando na música brasileira instrumental, ou com auxílio vocal, nosso objetivo é destacar aspectos populares bem marcantes”,.
Além de Wiese, a série de videoaulas conta a participação de quatro discentes, egressos e formandos, do Promus – Programa de Pós-graduação Profissional em Música da UFRJ.: Paula Borghi, Rogério Caetano, Miguel Garcia e Jean Charnaux.
Os primeiros módulos apresentam informações e dicas importantes, como a apresentação do instrumento, suas partes constitutivas; a postura, denominação dos dedos e cordas, acordes básicos, leitura no pentagrama e outros. Mais adiante serão vistos temas como acordes mais complexos, progressões harmônicas, formação de escalas, dicas técnicas, levadas de ritmos brasileiros, sincronismo para ambas as mãos e os primeiros passos da improvisação.
“Que essa ‘bossa violonística’, que carrega um pouco da linguagem acadêmica para o instrumento, possa se somar à enorme capacidade criativa popular brasileira”, deseja Bartholomeu. “Afinal, destacados violonistas, que construíram historicamente a chamada ‘Escola do Violão Brasileiro’, usaram todas as informações que tiveram acesso para criar o diferencial que nos destacou e continuará destacando mundo afora”.
Bartholomeu Wiese é professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e doutor em práticas interpretativas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Foi integrante do grupo regional Galo Preto e da Orquestra de Cordas Brasileiras. Tem realizado diversos concertos e master classes na América Latina e Europa. Na Escola de Música, além da docência, coordena o grupo de representação Violões da UFRJ. Atualmente, desenvolve pesquisa sobre a aplicabilidade das técnicas expandidas do violão nas práticas interpretativas.
Jean Charnaux, mestre em violão pelo Promus – UFRJ, se destaca como violonista, compositor e arranjador dentro do cenário da música brasileira atual. Já acompanhou artistas como Guinga, Fátima Guedes, Emílio Santiago e João Bosco. Seu álbum solo Matrizes foi finalista do Prêmio da Música Brasileira em 2015.
Paula Borghi, natural de Santo André – SP, iniciou seus estudos musicais no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, de Tatuí. Lá, formou -se em Violão Clássico, Musicalização Infantil para Educadores e Violão/Choro. Licenciou -se em Música pela Universidade Metodista de Piracicaba e é Mestre em Música pelo Promus – UFRJ. Atualmente, ministra aulas na Escola Portátil de Música e na Casa do Choro, no Rio de Janeiro.
Miguel Garcia é violonista, professor, arranjador e compositor. Graduou-se bacharel em Cordas Brasileiras Dedilhadas no Conservatório Brasileiro de Música. Concluiu em 2018 o mestrado do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ. Fez parte do conjunto de samba Sereno da Madrugada cujo CD “Modificado” foi lançado pela gravadora Biscoito Fino em 2010. Com este grupo apresentou-se pelo Brasil, na França, na Suíça e em Portugal. Lançou dois discos solo, um em 2015 e o segundo em 2018.
Rogério Caetano, natural de Goiânia, é músico, violonista, arranjador, produtor musical e compositor brasileiro. Bacharel em Composição pela Universidade de Brasília, mestrando no Promus – UFRJ, é um premiado virtuose e referência do violão de 7 cordas. Com uma linguagem revolucionária, representa uma nova escola desse instrumento.
Os vídeos da oficina de Violão 6 cordas, assim como de 7 cordas, estão disponíveis aqui no site do projeto Bossa Criativa.