Sinos lança Academia de Ópera

Foi lançada com uma live, no dia 7 de outubro, com transmissão do canal Arte de Toda Gente, no Youtube (onde permanece disponível), a Academia de Ópera Sinos. Com coordenação do maestro Silvio Viegas, esta nova vertente do Sistema Nacional de Orquestras Sociais tem como objetivo introduzir a prática da ópera e seus subgêneros nos projetos sociais que atuam no ensino coletivo dos instrumentos orquestrais, com a formação de orquestras, e junto a instituições que mantenham orquestras jovens. O projeto envolve a produção de videoaulas, ministradas por gabaritados profissionais brasileiros da ópera, com conteúdos históricos, musicais, estilísticos, técnicos e também de produção e gestão. E inclui a ainda a criação e apresentação de quatro novas óperas de câmara, encomendadas pelo projeto aos compositores Tim Rescala, João Guilherme Ripper, André Mehmari e Eli-Eri Moura.

A live de lançamento contou com a participação dos maestros Silvio Viegas e Juliano Dutra Aniceto, da cantora lírica Carolina Faria, de Flávia Furtado, produtora do Festival Amazonas de Ópera, e do compositor Tim Rescala, sob a mediação de André Cardoso, coordenador do Sinos.

**Apresentações em todo o país**
Produzidas para o formato de câmara, com instrumentação flexível, as obras criadas para a Academia de Ópera Sinos poderão ser oferecidas a diferentes públicos, inclusive em cidades e localidades nas quais a população não tem acesso habitual a espetáculos desse gênero. Não somente aos projetos sociais, mas também a diferentes instituições que queiram inserir a ópera em suas práticas musicais e pedagógicas. Para isso, serão utilizados não só a rede de 92 teatros com fosso (para orquestra) existentes no país, mas também espaços alternativos.

Para a produção dos espetáculos, o Sinos está estabelecendo parcerias com instituições como teatros, universidades, orquestras profissionais ou companhias independentes. Entre estas, estão o teatro São Pedro de Porto Alegre, a Fundação Clóvis Salgado, do governo do Estado de Minas Gerais, a Orquestra Ouro Preto e o Teatro São Pedro de São Paulo.

No processo de produção dos espetáculos, as instituições parceiras receberão jovens artistas, que trabalharão junto aos profissionais responsáveis pela direção musical, direção cênica, equipe criativa e produção, sendo qualificados para integrarem a cadeia produtiva da ópera.

A primeira produção da Academia de Ópera Sinos é a ópera *O Engenheiro* de Tim Rescala e que se passa no dia da Proclamação da República, tendo como personagem principal André Rebouças. Sua estreia será em 17 de outubro de 2021, no Thetaro São Pedro de Porto Alegre, sob a regência de Evandro Matée e direção cênica de José Henrique Moreira.

**Os participantes da live**

![Silvio Viegas ft2.jpeg](https://admin.sinos.art.br/uploads/Silvio_Viegas_ft2_1866bf9e83.jpeg)
**Silvio Viegas** é natural de Belo Horizonte e bacharel em regência pela UFMG, onde estudou com Sergio Magnani e Roberto Duarte e concluiu o Mestrado em Música, sob a orientação do compositor Oiliam Lanna. Ele também estudou regência na Itália e, em 2001, obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional *Jovens Regentes*, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. Atualmente, é o regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, do Palácio das Artes e professor de Regência na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Até o final de 2016, foi regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e professor da cadeira de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi também Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte de 2003 a 2005 e Diretor Artístico Interino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2011 a 2012.
Desde o início de sua carreira, Silvio Viegas tem se destacado por sua atuação no meio operístico regendo títulos como Salomé, de Richard Strauss, *O Navio Fantasma*, de Wagner, *L’italiana in Algeri* e *O BarbeiroMa de Sevilha*, de Rossini, *Così fan Tutte*, *Le Nozze di Figaro*, *A Flauta Mágica* e *Don Giovanni*, de Mozart, *La Bohème* e *Tosca*, de Puccini, *Carmen*, de Bizet, *Cavalleria Rusticana*, de Mascagni, *Il Trovatore* e *Nabucco*, de Verdi, *Romeu e Julieta*, de Gounod, *Lucia di Lammermoor* e *O Elixir do Amor* de Donizetti, *Norma*, de Bellini e *Porgy and Bess*, de Gershwin entre outros. Dentre as óperas brasileiras se destacam *O Guarany*, de Carlos Gomes, *Moema*, de Delgado de Carvalho, e *Jupira*, de Francisco Braga.
Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Filarmônica de Buenos Aires do Teatro Colón e do Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Teatro São Pedro – SP, Orquestra do Teatro da Paz e da Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, entre outras.

![Juliano Dutra.jpg](https://admin.sinos.art.br/uploads/Juliano_Dutra_319101c33d.jpg)
**Juliano Dutra Aniceto** é bacharel em música pela UFRJ e mestre em Música pela East Carolina University (EUA). Nos Estados Unidos, foi regente convidado da Baltimore Symphony Orchestra e atua como regente assistente da Peabody Symphony Orchestra. Atuou como diretor musical da ECU – Opera Theater na posição de diretor musical convidado e regente assistente e convidado da ECU Symphony Orchestra. No Brasil, participou de produções operísticas e musicais, somando 13 títulos. Foi regente assistente da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo por dois anos e meio. Participou como regente assistente e preparador do coro em produções operísticas no Theatro São Pedro, em São Paulo e dirigiu concertos com a Orquestra Sinfônica da USP, Orquestra Sinfônica da UFRJ, entre outras.
Em sua formação, teve aulas com Ernani Aguiar (UFRJ), Claudio Cruz, Kurt Masur, Dalia Stasevska, Johannes Schlaefli, Kenneth Kiesler e Isaac Karabtchevsky, entre outros. Nos Estados Unidos, estudou com Jorge Richter e atualmente cursa o Doutorado em Regência pelo Peabody Institute of the Johns Hopkins University. Sob a orientação de Marin Alsop.

![Cópia de Foto Flávia Furtado _CamilaFurtadoFotografia.JPG](https://admin.sinos.art.br/uploads/Copia_de_Foto_Flavia_Furtado_Camila_Furtado_Fotografia_db64ce9210.JPG)
**Flávia Furtado** é pianista de formação e estudou, no Brasil, com Linda Bustani e, na Bélgica, com Heidi Hendricks. Mais tarde, formou-se em Comércio Exterior e, desde então, vem gerindo e desenvolvendo trabalhos com a economia da cultura em diversos âmbitos, junto ao Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais, o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto, a Ópera Latinoamérica e o Festival Amazonas de Ópera.
Em 2006, Flávia criou a Vlaanderen Produções Culturais, empresa especializada em grandes eventos de música clássica com mais de 70 produções no currículo, entre óperas, teatro, concertos e festivais, trabalhando com algumas das instituições mais importantes do país, como Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Theatro Municipal de São Paulo, Theatro São Pedro, Teatro Amazonas, Centro Cultural Banco do Brasil, Universidade Federal do Paraná e Theatro da Paz.
Entre seus trabalhos mais significativos estão o Festival Amazonas de Ópera, desde 2004, e produções como a ópera *A Menina das Nuvens*, de Villa-Lobos, *Aula Magna com Stálin*, peça de David Pownall, *Ça-Ira*, ópera de Roger Waters, a Bienal *Música Hoje*, duas turnês brasileiras do grupo ICE – International Contemporary Ensemble, entre outros.

![Cópia de Carolina Faria Ft3.jpg](https://admin.sinos.art.br/uploads/Copia_de_Carolina_Faria_Ft3_956787ed68.jpg)
**Carolina Faria** é natural de São Gonçalo (RJ) e bacharel em Música pela UFRJ. Cantora lírica e professora de canto, iniciou sua vida artística profissional aos 19 anos no coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Ensemble Vocal Calíope e atuando como solista convidada junto às orquestras, salas de concerto e casas de ópera brasileiras. Estreou como protagonista em ópera aos 24 anos como Romeo em “I Capuleti e i Montecchi” de Vincenzo Bellini, em produção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Destacam-se em sua trajetória os papeis de Bradamante na *Alcina* de Händel, Baba the Turk em *The Rake’s Progress* de Stravinsky, Hermia em *A Midsummer Night’s Dream* de Britten, Donna Elvira no *Don Giovanni* de Mozart, Carmen em *La Tragédie de Carmen* de Bizet-Constant e Herodias na *Salomé*’ de Richard Strauss. Possui vasto repertório em ópera, oratório, canção sinfônica, música de câmera e vanguarda, com especial ênfase à Música Brasileira Colonial.

![Cópia de Tim Rescala.jpeg](https://admin.sinos.art.br/uploads/Copia_de_Tim_Rescala_6b7be110b4.jpeg)
**Tim Rescala** estudou na Escola de Música da UFRJ e na Escola de Música Villa-Lobos. Com Han-Joachim Koellreutter estudou composição, contraponto e arranjo. Licenciou-se em música pela UNIRIO em 1983. Compositor e diretor musical de várias peças de teatro, é um dos mais premiados compositores brasileiros, tendo recebido diversos prêmios Mambembe, Shell, Coca-Cola, APTR, CBTIJ e outros. Faz música para cinema, TV e exposições e trabalhou para a TV Globo por 29 anos. Atuou como compositor e regente em muitos festivais de música contemporânea no Brasil e no exterior. Autor de óperas, musicais, música de câmera e eletroacústica. Sua peça *Pianíssimo* foi o primeiro texto infantil apresentado na Comédie-Française. Recebeu as bolsas Vitae e Rio-Arte. Foi diretor da Sala Baden Powell, RJ, em 2005 e 2006. Escreve e apresenta o programa Blim-blem-blom na rádio MEC-FM desde 2011, premiado na Bienal do México. Seu *Quarteto Circular* foi indicado ao Grammy Latino de 2011. Sua ópera *O perigo da arte*, estreou em 2013 em Buenos Aires e sua montagem brasileira em 2014 foi escolhida como um dos 10 melhores espetáculos do ano pelo jornal O Globo. Seus trabalhos mais recentes em TV tiveram muita repercussão: as novelas *Meu pedacinho de chão* e *Velho Chico* e a minissérie *Dois irmãos*, todas com direção de Luiz Fernando Carvalho.

![Cópia de ACR-AndreCardoso-Ft03 (2).jpg](https://admin.sinos.art.br/uploads/Copia_de_ACR_Andre_Cardoso_Ft03_2_f1ad7c84e6.jpg)
**André Cardoso**, o mediador, é violista e regente graduado pela Escola de Música da UFRJ, com Mestrado e Doutorado em Musicologia pela UNIRIO. Recebeu, durante três anos, bolsa da Fundação Vitae para curso de aperfeiçoamento na Argentina, na Universidade de Cuyo (Mendoza) e no Teatro Colón de Buenos Aires. Em 1994, foi o vencedor do Concurso Nacional de Regência da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, passando a atuar à frente de conjuntos como as sinfônicas da Paraíba, de Minas Gerais, do Espírito Santo, de Campinas, do Teatro Nacional de Brasília, a Sinfônica Brasileira, a Petrobras Sinfônica e do Instituo Superior de Artes do Teatro Colón. No Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi maestro assistente da Orquestra Sinfônica entre 2000 e 2007 e diretor artístico da instituição nas temporadas de 2015 e 2016. Como pesquisador publicou inúmeros artigos e dois livros. É professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ, da qual foi diretor por dois mandatos consecutivos, entre 2007 e 2015. É membro da Academia Brasileira de Música, que presidiu entre 2014 e 2017 e coordenador do projeto Sinos.

*Fotos de divulgação*