Apresentação gratuita acontece em 18/09, às 19h, no Salão Leopoldo Miguez, no Rio, e reverencia participantes dos primeiros concertos da orquestra, em 1924.
No concerto do dia 18 de setembro de 2024, às 19h, no Salão Leopoldo Miguez, a Orquestra Sinfônica da UFRJ fará uma homenagem a sua primeira geração de instrumentistas – quando o conjunto se chamava Orquestra do Instituto Nacional de Música. A orquestra estreou em 25 de setembro de 1924 e tinha em seu efetivo jovens músicos que, mais tarde, se tornariam grandes intérpretes em seus instrumentos, como as violinistas Mariuccia Iacovino e Yolanda Peixoto, o violista George Marinuzzi, o violinista Oscar Borgerth e o violoncelista Iberê Gomes Grosso. Os dois últimos se tornariam professores da Escola Nacional de Música.
Naquela ocasião, a orquestra foi dirigida pelo professor Ernesto Ronchini, um violinista, compositor e regente italiano, nascido em 1863 na cidade de Fano, na província de Pesaro, que havia imigrado para o Brasil em 1888. Em 1890, ele foi nomeado professor de violino do Instituto Nacional de Música. O curso de Regência só seria criado em 1931, sendo o pioneiro no Brasil. Agora, sob a direção dos atuais alunos do Curso de Regência Orquestral da Escola de Música da UFRJ, o programa apresenta algumas das obras executadas nas duas primeiras temporadas da orquestra.
A suíte Esboços – Cenas pitorescas op.38, de Leopoldo Miguez, abre o concerto e foi formatada para cordas a partir de transcrições de obras originais para piano. Dois de seus movimentos foram as primeiras peças executadas pela orquestra, a valsa “Teteia” e a mazurca “Polônia”. No concerto inaugural, foram executadas também duas breves peças de Ernesto Ronchini, Berceuse e 2a Gavota, que voltam agora ao repertório após várias décadas sem serem executadas.
No segundo concerto da temporada de 1924, em 15 de novembro, foram apresentadas outras peças para orquestra de cordas. O Monólogo de Felisberto, de Francisco Braga, é o quadro final da música incidental composta em 1906 para a peça O Contratador dos diamantes, de Afonso Arinos. A Serenata para cordas, de Alberto Nepomuceno, composta e estreada na cidade de Petrópolis em 1902, é uma das peças mais executadas do compositor e presente regularmente nos programas da OSUFRJ.
Romanza para cordas, de Henrique Oswald, fez parte da segunda temporada. Composta em 1898, foi ouvida pela primeira vez na execução da Orquestra do Instituto Nacional de Música, no concerto de 17 de novembro de 1925, e gravada pela Orquestra Sinfônica da UFRJ em 2021.
O Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, fica na Rua do Passeio, 98, Centro do Rio, próximo à estação Cinelândia do metrô.