Os perpetuadores do choro

Já está no ar, como parte da Oficina Casa do Choro, módulo Personagens do Choro, uma videoaula em que o cavaquinista Jayme Vignoli nos falará sobre o inestimável trabalho de alguns músicos, profissionais e amadores, que salvaram grande parte do repertório do choro no século XIX por meio de coleções de cadernos de partituras manuscritas. Dentre eles, se destacam figuras quase anônimas, como Frederico de Jesus, Candinho Silva, Arnaldo Correa, Patrocínio Gomes, Mário Peixoto e Quintiliano Pinto. A oficina integra a Série Casa do Choro, do Bossa Criativa, que você acompanha aqui no site.

“No final do século XIX e início do século XX, a gente tinha a cena do choro efervescente no Rio de Janeiro. Era muito comum a figura de músicos que tinham seus cadernos de partituras”, explica Jayme Vignoli. Ele conta que muitas dessas pessoas tinham estudo suficiente para escrever e ler música e, então, registravam composições próprias, mas também composições de outros chorões, entre eles até grandes nomes como Pixinguinha e Henrique Alves de Mesquita. “Isso só para citar dois que tinham a capacidade de escrever suas músicas, mas também escreviam composições de muitos chorões que não escreviam nem liam partitura. Está aí o grande feito histórico e heroico dessas figuras”, acrescenta Jayme. “Por isso que, no meu entender, são grandes personagens da nossa história, merecedores de status em praça pública, esses e muitos outros”.

No mesmo vídeo, você pode apreciar também a bela polca Guizos, de Frederico de Jesus, cuja partitura ilustra este post (no alto).

Assista esta e outras aulas e apresentações aqui no site do Projeto Bossa Criativa e, também, pelo canal Arte de Toda Gente, no Youtube.