Obras de Delgado de Carvalho e Homero de Sá Barreto marcam o início da terceira temporada dos Concertos Sinos

Já está no ar o primeiro vídeo da Terceira Temporada dos Concertos Sinos. No programa, peças de Delgado de Carvalho (1872-1921) e Homero de Sá Barreto (1884-1924), interpretadas pelo grupo de cordas da Orquestra Sinfônica da UFRJ, com regência de Ernani Aguiar. A apresentação pode ser assistida aqui no site e, também, no canal Arte de Toda Gente, no Youtube.

**O programa**
As obras apresentadas no Concerto revelam a abordagem dos dois compositores para as formas de dança herdadas da suíte barroca. Os quatro minuetos reunidos por Delgado de Carvalho em uma única partitura foram compostos como peças independentes para piano e, posteriormente, transcritos para orquestra de cordas. Todos seguem a forma tradicional da dança em três partes, com um trio central e a repetição da primeira parte sem as repetições. Aqui são apresentados os Minuetos op.21 e op.23.

Já Homero de Sá Barreto reuniu diferentes danças em uma suíte composta em 1913, da qual há duas versões, uma para violino e piano e outra para orquestra de cordas – sendo esta a sua primeira gravação.

**Joaquim Delgado de Carvalho** (1872-1921)
*Minueto em Lá M op.21* (1902)
*Minueto em Mi M op.23* (1902)

**Homero de Sá Barreto** (1884-1924)
*Suíte Antiga* (1913)
I – Gavota e Musete
II – Sarabanda
III – Minueto

A **Orquestra Sinfônica da UFRJ** (OSUFRJ) é a mais antiga orquestra do Rio de Janeiro, fundada em 1924. Diversos regentes com ela atuaram, entre eles os compositores Francisco Mignone, Oscar Lorenzo Fernandez e José Siqueira. As óperas passaram a fazer parte da temporada anual de concertos a partir de 1949. Em 1969, o maestro Raphael Baptista foi nomeado seu regente titular. Foi sucedido em 1979 pelo maestro Roberto Duarte, que esteve à frente do conjunto por mais de quinze anos. Desde 1998, está sob a direção artística dos maestros André Cardoso e Ernani Aguiar.

Em 1997, realizou a gravação integral do *Colombo* de Carlos Gomes (1836-1896), que mereceu dois importantes prêmios: Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de “Melhor CD de 1998” e Prêmio Sharp 1998 de “Melhor CD” na categoria música erudita. Suas funções acadêmicas visam o treinamento e a formação de novos profissionais de orquestra, solistas e regentes. Uma de suas principais características é a valorização da produção musical brasileira, já tendo executado mais de uma centena de obras em estreia mundial.