Mostra ATG Outro Preto – Programação completa

MOSTRA ARTE DE TODA GENTE – OURO PRETO

DE 18 A 23 DE OUTUBRO DE 2022

PROGRAMAÇÃO COMPLETA E DETALHADA

 

18 de outubro de 2022, terça-feira, às 18h 

LOCAL: Anexo do Museu da Inconfidência (Auditório e Pátio)

ABERTURA 

 

18h – Credenciamento

19h – Cerimônia de Abertura do Seminário 

Abertura com autoridades: FUNARTE / UFRJ / PREFEITURA / FAOP 

20h – Conferência de Abertura: “Modos confluentes ”, com Nego Bispo  

Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, é lavrador, formado por mestras e mestres de ofícios, morador do Quilombo do Saco-Curtume, em São João do Piauí – PI. Ativista político e militante de grande expressão no movimento social quilombola e nos movimentos de luta pela terra, é membro da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). É autor de inúmeros artigos e poemas, e dos livros Quilombos, modos e significados (2007); e Colonização, Quilombos: modos e significados (2015).

 

21h – Apresentação Musical:  Silvia Gomes e banda – “Resenha da Canção” 

 

RODAS DE CONVERSA

 

19 de outubro de 2022, quarta-feira, de 9h às 12h 

Local: Casa Bernardo Guimarães – Auditório Vinicius de Moraes (FAOP – Cabeças)

 

RODA DE CONVERSA I – PATRIMÔNIO: EDUCAÇÃO, TURISMO E LAZER

A partir do entendimento da importância da educação patrimonial como forma de compreensão e apropriação  do espaço – numa concepção histórica, geográfica e afetiva –, esta mesa discute as possibilidades de uma relação  social, econômica e ambientalmente saudável entre preservação e desenvolvimento.

Participação Musical: Tiago Couto (flauta)

Participantes: 

. Representação local – Ouro Preto / MG: Mina Du Veloso e Coletivo Outro Preto (Representantes: Du Evangelista, Sidnéa Santos e Douglas Aparecido) A Mina Du Veloso é um centro de referência cultural, turística e patrimonial sobre a história da mineração em Ouro Preto, que ressalta a  genialidade africana nos trabalhos de extração mineral e metalurgia nos séculos XVIII e XIX, na antiga Vila Rica, cumprindo, assim, relevante papel na transformação social. A proposta contribui, ainda, para o resgate, registro, valorização, conservação e fruição do Patrimônio Cultural da Mineração existente na Serra do Veloso, e desenvolve atividades ligadas ao turismo aliadas à educação patrimonial, à pesquisa e a diferentes ações culturais com a comunidade, especialmente aquelas ligadas à promoção da memória e identidade locais. 

. Representante do Rio de Janeiro / RJ:  Mônica Lima Souza (Cais do Valongo)Professora de História da África, do Programa de Pós-graduação em História Social (PPGHIS) e do Programa de Pós-graduação em Ensino de História (PPGEH) do Instituto de História da UFRJ. Coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos(LEÁFRICA) no IH-UFRJ. Tem longa experiência docente, atua desde 1992 com ensino de história da África, da diáspora africana e dos africanos no Brasil, em cursos de graduação e pós-graduação. Realizou pesquisas em arquivos e centros de documentação na África, na Europa e no Brasil. Editora científica da área de Ciências Humanas da revista Ciência Hoje. Coordenou a pesquisa na área de História no grupo técnico que redigiu o dossiê de candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio Mundial e foi consultora do projeto de Museu de Território na Pequena África para o Instituto de História e Cultura Afro-brasileira (IHCAB).

. Representante de Paraty / RJ:  Paula FabricanteMestre em Cultura e Territorialidades pela UFF, com pesquisa direcionada a estudos referentes ao patrimônio cultural, política cultural e território. Graduada em Produção Cultural pela mesma instituição, contemplada com o prêmio Láurea Acadêmica de excelência. Participa do Grupo de Estudos sobre Comunicação, Cultura e Sociedade – GRECOS/UFF. Tem experiência na área dos Estudos Culturais, com ênfase em gestão cultural, política cultural, identidade e território; e da Produção Cultural,  com ênfase na elaboração e planejamento de projetos culturais. Desde 2018, está como servidora da Secretaria Municipal de Cultura, na qual, entre outras atividades, acompanhou o processo de candidatura, registro e ações do título Paraty e Ilha Grande: Cultura e Biodiversidade pela Unesco (2019). 

. Representação local – Ouro Preto / MG:  Maria Cristina  Rocha Simão (IFMG) – Graduação em Arquitetura pela UFMG. Mestrado em Geografia pela UFMG. Doutorado em Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Urbanismo – PROURB/UFRJ. Professora Titular do IFMG – Campus Ouro Preto, atua no Curso Superior de Tecnologia em Conservação e Restauro desde 2006 e coordena o Curso de Especialização em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural desde 2018. Pesquisadora do Laboratório de Direito Urbanístico – LADU/ UFRJ. Foi técnica em preservação arquitetônica do IPHAN por 12 anos. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Preservação do Patrimônio Cultural em Núcleos Urbanos, com atuação, principalmente, nos seguintes temas: gestão e planejamento urbano, preservação do patrimônio cultural, conservação e restauração, diretrizes para intervenções urbanas e sua interseção com planejamento da atividade turística.

. Representação local – Ouro Preto / MG: Chiquinho de Assis (Prefeitura Municipal de Ouro Preto) Graduação em Licenciatura em Educação Musical pela UFOP. Compositor, arranjador e violonista da Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto, Regente do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFOP, Regente do Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto, Etnomusicólogo do IPHAN – MG. Pesquisador do Patrimônio Material e Imaterial. Atual Secretário de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. 

 

Mediação: Luana Marina Santos (FAOP / UFMG) – Conservadora e Restauradora de Bens Culturais Móveis, Imóveis e Integrados. Graduada em Conservação e Restauro de Bens Imóveis pelo IFMG, campus Ouro Preto. Técnica em Conservação e Restauro pela Fundação de Arte de Ouro Preto. Professora de Arte e Restauro na FAOP, desde 2015, onde leciona para o Curso Técnico em Conservação e Restauração as disciplinas de Reintegração Cromática, Conservação e Restauração de Pintura de Cavalete I e II, Conservação e Restauração de Escultura Policromada I, II, III, IV e V. Atua na prestação de serviços para empresas, na área de conservação, restauração e preservação do patrimônio.

 

20 de outubro de 2022, quinta-feira, de 9h às 12h 

Local: Casa Bernardo Guimarães – Auditório Vinicius de Moraes (FAOP – Cabeças)

RODA DE CONVERSA II – PATRIMÔNIO: HISTÓRIA, COTIDIANO E RECONSTRUÇÃO SOCIAL

Esta roda traz como proposta a discussão das articulações entre patrimônio, comunidade, vida cotidiana e sociedade, considerando a necessidade de se conferir significações e promover ressignificações para que, efetivamente, a história possa contribuir para a revisão de valores, elaboração de novas perspectivas e reconstrução social. 

Participação Musical: Marquinho Aniceto (violão)

Convidados: 

. Representação local – Ouro Preto / MG: Ecomuseu da Serra de Ouro Preto (Representantes: Nida Costa e Yara Mattos ) O Ecomuseu da Serra de Ouro Preto nasceu como programa de extensão universitária/PROEX/UFOP, visando implementar o desenvolvimento de um processo museológico comunitário nos bairros circunvizinhos às ruínas do “Morro da Queimada”, antigo arraial minerador do século XVIII conhecido como “Arraial do Pascoal”, palco, em 1720, do episódio “Sedição de Vila Rica”: Morros da Queimada, de Santana, São João, São Sebastião e Piedade. O Programa, que  trabalha com o conceito de cultura viva, através da valorização dos saberes e fazeres das comunidades envolvidas, busca a participação de diferentes representações sociais, por meio de ações de curto, médio e longo prazos relacionadas com a Museologia e suas interfaces com a História, a Arqueologia, a Educação e o Turismo. 

. Representante de Belo Horizonte / MG: Mauro Luiz da Silva (Museu dos Quilombos e Favelas / MUQUIFU)Doutorado na PUC Minas, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, com o tema: Da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Curral Del Rey (1819) à Igreja das Santas Pretas da Vila Estrela (2018). Mestre em Ciências Sociais, com o tema: Habemus Muquifu – Análise da criação do MUQUIFU e a formação de suas coleções. Especialização em Psicopedagogia com ênfase em Educação Especial; Graduação em Storia e Tutela dei Beni Culturali – Università degli Studi di Padova (2012); Graduação em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1993); Graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1990). Atualmente é pároco do Bairro Vista Alegre, na Paróquia Jesus Missionário, da Arquidiocese de Belo Horizonte; Curador do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos, desde sua fundação (2012). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Museologia Social, e atua principalmente nos seguintes temas: museus, favela, inclusão, racismo, memória, gentrificação, Direito à Cidade, Antropologia Urbana. Coordenador do Projeto de Pesquisa e Centro de Documentação NegriCidade, que busca resgatar os Afro-patrimônios da capital mineira. Atua no projeto “Interrogando à educação das relações étnico-raciais no Brasil: experiências com Améfrica Ladina”, vinculado à Iniciativa para a erradicação do racismo na Educação Superior da Cátedra UNESCO – Educação Superior: Povos Indígenas e Afrodescendentes na América Latina. Docente no curso de pós-graduação Lato Sensu em Educação Patrimonial do Instituto de Pesquisa Pretos Novos – IPN, em parceria com a Faculdade Tecnológica de Curitiba – FATECPR; Membro eleito do Comitê Estadual de Respeito à Diversidade Religiosa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento de Minas Gerais – SEDESE/MG.

. Representante de Brasília/ DF:  Sônia Rampim  Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, especialização em Sociologia Rural pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, especialização em Políticas Públicas de Proteção e Desenvolvimento Social pela Escola Nacional de Administração Pública – ENAP e mestrado em Educação pela UNICAMP. Servidora do Iphan desde 2006, foi Coordenadora de Educação Patrimonial – CEDUC (2011 a 2016) e, atualmente, é chefe do Núcleo de Educação Patrimonial, do Departamento de Cooperação e Fomento – DECOF do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. É professora colaboradora do Mestrado Profissional do IPHAN, com a disciplina Patrimônio e Educação, desde 2010. Associada ao ICOMOS Brasil onde coordena o Comitê Científico de Interpretações do Patrimônio.

. Representante de São Miguel das Missões / RS: Ana Lúcia Goelzer Meira (“Remanescentes das Missões Jesuítico-Guaraní no Rio Grande do Sul: da pedra e cal à paisagem cultural”) – Graduação em Arquitetura pela UFRGS. Mestrado em Planejamento Urbano e Regional pelo PROPUR/UFRGS e Doutorado pelo mesmo Programa. Cursos de especialização ou aperfeiçoamento em desenho urbano, arquitetura habitacional, conservação e restauração de monumentos e conjuntos históricos, formação ambiental, política e gestão cultural. Atuou profissionalmente nas Prefeituras de Caxias do Sul e de Porto Alegre e, no âmbito estadual, na Superintendência de Desenvolvimento Urbano e Administração Municipal – SURBAM. Foi servidora do IPHAN como Técnica em Preservação Arquitetônica e, durante dez anos, desempenhou a função de Superintendente Estadual do IPHAN no RS. Atualmente é professora no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNISINOS – no curso de Especialização em Cidades: Gestão Estratégica do Território Urbano e no Mestrado Profissional em Arquitetura e Urbanismo. Prêmio de Arquiteta do Ano em 2018 pelo SAERGS. Membro do ICOMOS-Brasil. Experiência em preservação de áreas urbanas e em restauração de edificações de interesse cultural, com ênfase na participação cidadã nas ações de preservação.

. Representação local – Ouro Preto / MG: Hugo Guarilha (UFOP – Patrimônio Digital) Doutor em Museologia e Patrimônio pelo Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio UNIRIO/MAST (PPG-PMUS). Graduação em Comunicação Social pela UFJF e mestrado em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas. Técnico administrativo em educação na UFOP, onde exerce a função de produtor cultural. Atuou como Representante Territorial da Cultura no território do Recôncavo da Bahia, como funcionário da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT/BA). Desenvolve pesquisa sobre artes, estética, cultura popular, registro de patrimônio imaterial.

 

Mediação: Márcia Arcuri (Museologia / UFOP) Graduada em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/USP. Mestre em Estudos Ameríndios pelo Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade de Essex – Inglaterra. Doutora em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia / Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. Pós-doutoramento no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Foi membro fundadora e coordenadora do Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos da Universidade de São Paulo (2001-2010), curadora da exposição “Por Ti América” (Centro Cultural Banco do Brasil 2006-2008) e assessora científica das exposições Tesouros de Sipán – “Esplendor da Cultura Mochica” e “Ouros de Eldorado: Arte Pré-Hispânica da Colômbia” (Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2006 e 2010). Foi coordenadora de socialização do patrimônio arqueológico do CNA/DEPAM – IPHAN (2011). Coordena, no Brasil, intercâmbio acadêmico com o projeto arqueológico Ventarrón – Collud e Museo Tumbas Reales de Sipán, vinculados à Unidade Executora 005 Naylamp Lambayeque/MinC Peru. É professora efetiva do Departamento de Museologia da Escola de Direito, Turismo e Museologia da UFOP; docente do Programa de Pós-Graduação em Turismo e Patrimônio da EDTM/UFOP; pesquisadora do Laboratório de Estudos Interdisciplinares de Tecnologia e Território (LINTT) do MAE/USP; e atua como professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, orientando pesquisas na área de Arqueologia Pré-Colombiana. Desde 2017 atua como Curadora Adjunta de Arte Pré-colombiana do Museu de Arte de São Paulo – MASP.

 

 

21 de outubro de 2022, sexta-feira, de 9h às 12h 

Local: Casa Bernardo Guimarães – Auditório Vinicius de Moraes (FAOP – Cabeças)

RODA DE CONVERSA III – PATRIMÔNIO: DIVERSIDADE, COEXISTÊNCIAS E ARTICULAÇÕES – PERSPECTIVAS CRUZADAS

Considerando os atravessamentos entre-tempos e intermundos, esta mesa reúne diferentes perspectivas, formas de abordagem e atuação frente às questões relacionadas ao patrimônio, que envolvem passado-presente-futuro, realidade e ficção, memória e história, além de discutir os entrelaçamentos entre Patrimônio, Ofícios, Gentes e Tradições, Arte, Conservação e Restauração, buscando melhor compreender como estes temas dialogam entre si e se fortalecem mutuamente.

Participação Musical: Kastora dos Anjos (percussão)

Convidados: 

. Representante de São Cristóvão / SE:  D. Madalena (do Grupo de Samba de Coco da Ilha Grande) .  – Maria Madalena Santos (Samba de Coco da Ilha Grande) ou Dona Madá, é Mestra da Cultura Popular reconhecida pelo Ministério da Cultura – MinC (2013). Tia Madá, como é chamada, tem 75 anos e é mestra do Samba de Coco da Ilha Grande, em São Cristóvão. Essa tradição, ela herdou dos tataravós e faz questão de passar para os filhos, netos e sobrinhos que compõem o grupo. O Grupo SAMBA DE COCO DA ILHA GRANDE  promove o resgate da oralidade presente na cantoria da música popular brasileira, fazendo homenagens ao modo de viver da comunidade da Ilha Grande, envolto de belezas naturais.

Representação local – Ouro Preto / MG: Kedison Geraldo Ferreira Guimarães – Ouropretano. Capitão da Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia. Diretor de Promoção da Igualdade Racial, na Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Co-produtor da Festa do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e São Benedito e um dos responsáveis pela fundação da AMIREI – Associação Amigos do Reinado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, entidade da sociedade civil que formalizou a equipe de produção em pessoa jurídica e firmou o compromisso de buscar os caminhos para a sustentabilidade do evento. Graduando em Psicologia.

. Representação local – Ouro Preto / MG: Danilo Antônio Campos da Silva Borum-Kren Cacique do povo BORUM-KREN. Fundador e coordenador do movimento de ressurgência da cultura indígena do povo BORUM-KREN.  Representante da Cultura Indígena da Diretoria de Igualdade Racial, na Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Socorrista pela Cruz Vermelha. Especialista em técnicas indígenas e primitivas de sobrevivência. Instrutor de técnicas verticais (rapel, salvamento em altura). Professor de artes marciais, especialista em defesa pessoal. Bombeiro civil. Formado em Gestão de SPP. 

 . Representante de São Luís / MA: Dinho Araújo – Nascido em Pinheiro / MA, vive e trabalha em São Luís, MA. Artista visual, Mestre em Antropologia (UFPB), graduado em Educação Artística – Artes Plásticas (UFMA). Curador e gestor no Chão, espaço independente em São Luís, coordenado também por Samantha Moreira, Camila Grimaldi e Thadeu Macedo. Atua com proposições abertas a diálogos e criação de redes, com conversas, oficinas, mostras de filmes e vídeos, residências de artistas e curadores, ações com comida, dança e música. Indicado ao Prêmio Pipa 2021.

. Representante de Olinda / PE:   Aneide Maria de Santana –  Historiadora. Arquivista. Pesquisadora.  Residente à Rua da Bica dos Quatro Cantos – Amparo – Olinda. Funcionária da Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo de Olinda / PE, onde atua como uma das responsáveis pelo Arquivo Público Municipal Antonino Guimarães, situado à Rua de São Bento, no Sítio Histórico. Vinculada à área do Patrimônio e Preservação desde 1981, com atuação na organização e preservação dos acervos documentais. 

Mediação: Rachel Falcão (FAOP / UFMG) Artista plástica. Artista-pesquisadora. Arte-educadora. Graduação em Educação Artística nas Habilitações Artes Plásticas (Licenciatura) e Desenho (Bacharelado em Desenho Arquitetônico), e Especialização em Artes, Cultura Visual e Comunicação pela UFJF. Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável pela Escola de Arquitetura da UFMG, com a dissertação “Interações e Intervenções: a participação do artista contemporâneo em processos de reconfiguração sociais e espaciais”, desenvolvida a partir de pesquisa sobre práticas artísticas colaborativas. Doutoranda em Artes pela EBA-UFMG, na Linha de Pesquisa “Artes Plásticas, Visuais e Interartes”. Professora e Coordenadora do Núcleo de Arte & Ofícios da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Idealizadora e coordenadora do Projeto HABITA VIDA – prática artística colaborativa desenvolvida com comunidades ou grupos, que envolve ações estéticas, artísticas, arquitetônicas, paisagísticas e urbanísticas, entre outras, voltadas para a intensificação e satisfação da relação sensorial entre as pessoas e seus espaços de vida, incluindo o resgate da memória e da vitalidade cultural da população local, o resgate e atualização de técnicas tradicionais, a utilização de materiais alternativos e dos recursos disponíveis, num processo de fortalecimento de identidades individuais e coletivas, pessoais e espaciais.

 

MINI-CURSOS

 

19 a 21 de outubro de 2022, de 14h às 17h 

Locais: FAOP – Antônio Dias; FAOP – Cabeças; Anexo do Museu da Inconfidência; Casa de Gonzaga

MINICURSO I (FAOP – Cabeças / Sala 1 ):  Patrimônio Cultural e Suas Multiplicidades, com  Liliane Moreira /  MG – Mestre em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável pela Escola de Arquitetura-UFMG, com a dissertação “Os movimentos insurgentes e o patrimônio: O surgimento do Espaço Comum Luiz Estrela na cidade de Belo Horizonte”. Possui especialização em Políticas Públicas pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – UFMG. É bacharela em Turismo pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Em 2019 lecionou a disciplina Educação e Cidadania, tendo como proposta trabalhar conceitos da Educação Patrimonial na Escola Estadual Doutor Lucas Monteiro Machado, junto aos alunos do ensino médio integral e integrado através do Polem-Polo de Educação Múltipla. Integra desde o ano de 2014 a equipe do setor educativo do Memorial Minas Gerais Vale, na qual atende visitantes espontâneos e grupos escolares. Atua nas seguintes áreas: turismo, educação, patrimônio cultural e museus.

MINICURSO II (FAOP – Antônio Dias – Núcleo de Arte & Ofícios): Arte e Patrimônio – Memória, História e Outras Narrativas, com Ivan Grilo / SPSua pesquisa central é a relevância dos arquivos históricos e orais, juntamente com as diferentes possibilidades de leitura sobre um mesmo fato. Tomando a fotografia como ponto de partida, principalmente como forma de documentação e registro do tempo, o artista busca dissecar os papéis representativos, políticos, narrativos, conceituais e estéticos da imagem, ora questionando ou mesmo reescrevendo o material original de outro ângulo, esmaecendo sutilmente memória e ação temporal. O que o artista manuseia são acervos e fotografias. É um “sucateiro de histórias”, investigador de cada pedacinho. Tudo isso parte de uma inquietação, de uma curiosidade natural. Quando pequeno, Ivan queria ser marceneiro, desmanchava tudo. Participou em 2016 da coletiva “A cor do Brasil”, no Museu de Arte do Rio. Neste mesmo ano, conquistou o Prêmio FOCO Bradesco ArtRio com o trabalho “Segundo Estudo para Baía de um Mar Inteiro”, que tem como base parte da história da cidade do Rio de Janeiro, com a chegada dos escravos ao cais do Valongo, e a história popular de Chico Rei com a origem da congada. A narrativa não linear, onde histórias se cruzam, a apropriação de fotos alheias, são temas recorrentes em seu trabalho. Em 2015, exibiu a individual “Eu quero ver”, na Casa Triângulo, em 2014, exibiu a individual “Quando Cai o Céu”, no Centro Cultural São Paulo, além de participar das coletivas: “Novas Aquisições” da Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e “Pororoca, a Amazônia” no Museu de Arte do Rio (MAR). Em 2013, exibiu “Estudo para medir forças” na Casa França-Brasil, integrando o “Projeto Cofre”; além de ser premiado no edital PROAC Artes Visuais, do Governo do Estado de São Paulo. E em 2012, recebeu o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia. Dentre suas principais exposições individuais estão: “Sentimo-nos Cegos”, na Luciana Caravello Arte Contemporânea; “Quase/Acervo”, no Museu da República; “Ninguém”, no Paço das Artes; “Isso é tudo de que preciso me lembrar”, no SESC Campinas e “Quando cai o céu”, no CCSP, com curadoria de Bernando Mosqueira. Dentre as principais coletivas estão: “Bienal MASP Pirelli de Fotografia”, em São Paulo; “I Bienal do Barro” em Caruaru; “2nd Ural Biennial of Contemporary Art”, na Rússia; “16ª Bienal de Cerveira”, em Portugal; “11ª Bienal do Recôncavo” em São Félix e “Arte Pará”, no Museu Histórico do Estado do Pará. Tem obras nos acervos do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte do Rio, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/Coleção Gilberto Chateaubriand, Fundação Bienal de Cerveira, entre outros. Referência: https://www.carbonogaleria.com.br/artistas/ivan-grilo-cat.html

 

MINICURSO III (Auditório da Casa de Gonzaga): Oficina de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, com Renata Galvão / IPHAN – GO convidado local: Carlos Magno de Souza Paiva (“Maguinho”) Esta roda de conversa/mini-curso vai apresentar aos participantes como funciona o registro de patrimônio para a salvaguarda do patrimônio imaterial, considerando seus conceitos, o reconhecimento pelo IPHAN, o pedido de registro, o reconhecimento pela UNESCO e a política de salvaguarda, bem como apresentará o estudo de caso do Comitê Gestor do Patrimônio implementado em Goiás.

Renata Galvão / IPHAN – GO: Mestre (2012) e graduada (2010) em História pela Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente é historiadora em cargo efetivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Atua como professora no Curso de História na modalidade EAD da Universidade Estadual do Mato Grosso. Foi docente titular na Faculdade Cathedral durante 5 anos. Lecionou na Educação Básica na Cooperativa de Ensino do Médio Araguaia e na Escola Estadual Antônio Gröhs (SEDUC-MT). Tem experiência na área de Ensino Superior e projetos de pesquisas, com ênfase em História Social, atuando principalmente nos seguintes temas: história, cultura, memória e patrimônio.

Carlos Magno de Souza Paiva (“Maguinho”): Presidente do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio. Doutor em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2014). Mestre em Direito Público pela Universidade de Coimbra (2008). Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (2005). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Ouro Preto. Foi Professor Assistente da Universidade Federal Viçosa (2012). Pesquisador visitante da Rzeszów University of Technology (2017). Coordenador do Núcleo de Pesquisas em Direito do Patrimônio Cultural do Departamento de Direito da UFOP (Atual). Coordenador de Assuntos Internacionais da Universidade Federal de Ouro Preto (2014-2017). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFOP (Atual). Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFOP (2019-2020). Autor de livros e artigos na área de Direito Administrativo, Direito Ambiental e Direito do Patrimônio Cultural, área em que atua como Palestrante/Conferencista. Consultor nas áreas de Direito Urbanístico, Direito Municipal, Direito Ambiental e Direito do Patrimônio Cultural. Contato: 31 98807-8105   Instagram:https://instagram.com/maguinho.paiva?igshid=YmMyMTA2M2Y=

 

CONVERSA COM AUTORES

21 de outubro de 2022, de 18h 

Local: Casa de Gonzaga

18h – Conversa com o autor Moacir Rodrigo de Castro Maia, sobre o livro: “De reino traficante a povo traficado: a diáspora dos courás do golfo do Benim para Minas Gerais (América portuguesa, 1715-1760)” – Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa e com a autora Ivi Félix, sobre o livro: “Cidade Patrimônio Cultural – A Voz do Morro em Ouro Preto”  

Ivi Félix – Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais, pesquisa as apropriações do patrimônio cultural no contexto urbano do Morro de Santana, bairro periférico ao centro histórico da cidade de Ouro Preto, MG. Bacharel em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (2004). Tem experiência nas áreas de curadoria, elaboração, produção e gestão de projetos, tais como: festivais inter-regionais (música, artes cênicas, artesanato e cinema); docência na área de produção cultural; arte-educação; identificação e proposição de ações de fomento artístico-cultural e turístico, em cidades históricas.

Moacir Rodrigo de Castro Maia – Historiador, doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013), com doutorado sanduíche sob orientação do prof. Paul Lovejoy no The Harriet Tubman Institute/York University. Possui mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (2006) e graduação em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (2003). Coordena o projeto Senhores de suas Casas, com enfoque na população negra mineira, no NPHED/Cedeplar/UFMG, e também o projeto Minas Gerais para o Slave Societies Digital Archive da Vanderbilt University. Integra a equipe do SHADD Biography Project: Testimonies of West Africans from the Era of the Slave Trade. Em 2019, foi laureado com o primeiro lugar do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa, promovido pelo Arquivo Nacional do Brasil. Tem experiência na área de História, com ênfase na História da África Ocidental e História do Brasil Colonial, e atua principalmente nos seguintes temas: identidade étnica, diáspora africana, escravidão e parentesco.

 

APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS

18 de outubro de 2022, terça-feira, às 21h

 Anexo do Museu da Inconfidência – 

Sílvia Gomes e banda (canta 3 a 5 músicas e fala sobre as músicas – origem, autores, rezos – como ela falou no vídeo do Bossa Criativa)

Cantora e atriz, nascida em Itabirito, criada em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Silvia Gomes vem construindo sua carreira artística pelas terras de Minas Gerais. Iniciou seus estudos artísticos em 1994, no Instituto de Filosofia e Artes da Universidade Federal de Ouro Preto. Quatro anos depois, em 1998, deu o pontapé inicial para a carreira musical, quando integrou o grupo Mandrágora. Em 2003, lançou o álbum “Fuscazul”, em parceria com o compositor e cantor Mestre Jonas. No mesmo ano, recebeu o prêmio de melhor intérprete na Mostra Cauê de MPB, em Belo Horizonte. De 2007 a 2013, foi intérprete convidada do Projeto do Grupo Candonguêro, de Ouro Preto, intitulado “Era uma vez o carnaval”. Em 2010, ocupou uma cadeira no projeto “Divina Luz”, roda de samba comandada pelo compositor Dé Lucas, em Belo Horizonte. 

Entre 2013 e 2014, integrou, como intérprete, o projeto “Samba da Madrugada”, também na capital mineira. Em 2012, idealizou o show “Uma voz, Uma intenção”, um projeto com canções inéditas, dedicado ao Mestre Jonas, que havia falecido no ano anterior. Em 2013, realizou o show “Eu Vim”, em parceria com o violonista Philippe Lobo. No ano de 2015, voltou à cena com o show intitulado “Quantidade”. De 2016 a 2018, Silvia Gomes idealizou e executou, acompanhada de um time de mestres, sua roda de samba intitulada “Esse samba todo é nosso”, em Ouro Preto. Com edições mensais, a intérprete recebeu como convidados especiais diversos músicos, cantores e compositores, com intuito de celebrar e manter viva a linguagem do samba. 

Em 2018 participou, como atriz, do espetáculo musical “Um Cisco, a vida de Chico Xavier”, que ficou em cartaz em Outubro, na cidade de Curitiba, Paraná. No mesmo ano gravou o álbum “Sabiá Grande: Não sabe que é feita de sal”, em parceria com o violonista Wilson Souza. O trabalho foi lançado nas plataformas digitais em março de 2020. Atualmente, a artista se dedica à gravação de um novo álbum, intitulado “Canto pra Recomeçar”.

 

20 de outubro de 2022, quinta-feira

Local: Anexo do Museu da Inconfidência 

18h – Exibição dos vídeos da Mostra Virtual Bossa Criativa – Arte de Toda Gente

 

19 de outubro de 2022, quarta-feira, às 18h

Local: Praça Tiradentes 

18h – Candonguêro 

 

22 de outubro de 2022, sábado, Praça Tiradentes

10H – APRESENTAÇÃO TEATRO DE BONECOS – CIA LAMPARINA

A Cia. Lamparina é uma companhia Teatro de Animação fundada em Ouro Preto em 2012. Todos os integrantes do grupo são formados no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto e desde a sua fundação criam espetáculos, intervenções e oficinas voltadas para o público infantojuvenil e adulto.

Sua pesquisa e trabalho são voltados para temas como patrimônio e história de Minas Gerais, e levam aos quatro cantos do país momentos marcantes da nossa história na lúdica linguagem dos bonecos.

A Cia Lamparina hoje atua também como uma escola de teatro, em sua sede no coração de Ouro Preto. Exerce, dentro da comunidade, diversas ações visando a formação de público na região, além de estimular o turismo na cidade através da arte.

 

16H – Roda de Choro com os grupos – 

Coletivo Casanova (OP) 

O Coletivo Casa Nova é um grupo que traz em sua essência o gênero choro como catalizador principal desse encontro de amigos músicos. Esse novo trabalho vem como um produto oriundo da pandemia, e traz em sua formação músicos que já participavam de outros projetos vinculados ao choro, como o Escritório do Choro, Grupo Deitando o Cabelo e Regional da Barra. A equipe que compõe o coletivo: 

Fernando Costa – Violão 7 cordas 

Fred Sobreira – Cavaquinho 

Diovane Inácio – Pandeiro 

Luís Henrique – Flauta 

Dairan Jordan – Trompete 

Walyson TIM – Flugelhorn 

Wesley Procópio – Trombone

 

Trio Choro Negro (OP) 

O Trio Choro Negro é um grupo de choro que nos últimos anos se consolidou como uma das maiores referências de música instrumental na cidade de Ouro Preto-MG e região. Formado pelos músicos Danilo Campos (Violão), Tiago Couto (Sax e Flauta) e Diovane Inácio (Pandeiro), o Trio tem se apresentado semanalmente em diversos espaços e eventos na cidade de Ouro Preto e tem se destacado ao organizar rodas de choro com convidados, como a famosa roda de choro do Heleno’s bar, evento que acontece todas as terças-feiras desde 2017. 

O espetáculo “Clássicos do Choro” traz para o público uma qualificada música instrumental executada a partir de um repertório clássico e escolhido a dedo, voltado às raízes do choro (ou chorinho) – gênero importantíssimo na construção cultural da identidade brasileira e reconhecido como patrimônio imaterial brasileiro. O Trio Choro Negro alterna momentos de contagiante alegria com bem vindas doses de intimismo e sofisticação. Compositores de grande calibre como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, K-Chimbinho, entre outros convidam o público a mergulhar em melodias dolentes e sentimentais mas também em outras cheias de balanço e malandragem.

 

Cachaça com Arnica (Itabirito) 

Grupo de samba de raiz e chorinho, o Cachaça com Arnica, criado em 1998 na cidade de Itabirito, em Minas Gerais, resgata e valoriza a cultura popular mineira em suas letras, que retratam acontecimentos bem humorados vividos pelos compositores, envolvendo personagens reais que integram o universo dos artistas. A cultura de raiz é acompanhada pelo samba de raiz, chorinho e marchinhas. Além das músicas de própria autoria, no cardápio, músicas de Adoniran Barbosa, Aldir Blanc, Ary Barroso, Ataulfo Alves, Cartola, Chico Buarque, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Dorival Caymmi, João Bosco, João Nogueira, Gonzaguinha, Nelson Sargento, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Pixinguinha, Zé Kétti, entre outros. Fazem resgate daquelas músicas que estão esquecidas das rádios.

Em novembro de 2011, o Cachaça com Arnica lançou o CD intitulado “Samba da Roça”, que consolidou a trajetória de 12 anos do grupo. O disco, patrocinado pela VDL Siderurgia por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, foi gravado em abril deste ano e possui 11 faixas que abordam vários temas.

“Samba de alto nível. Parabéns pelas composições”, Vander Lee, cantor e compositor.

“O grupo Cachaça com Arnica faz samba com gosto de Minas”, Walter Sebastião, Jornal Estado de Minas.

 

18h – Show Candonguêro

O projeto Candonguêro surgiu no carnaval de 2005 com a proposta principal de homenagear os compositores, artistas e instituições que se dedicaram ao carnaval de Ouro Preto. Na oportunidade foi organizado um grande show musical com intervenções cênicas, onde se podia ver desfiles de bonecos de compositores, bandeiras das escolas de samba, além de personagens arquetípicos do carnaval como Arlequim, Colombina, Pierrot, Rei Momo e outros. Junto a esta homenagem, propôs-se, também, a execução de um repertório clássico de carnaval e de outras festividades de diversos estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Salvador. O projeto desdobrou-se em outras três atividades, o Bloco Candonguêro, o Circuito Candonguêro e o show Candonguêro de São João. O Show Candonguêro Repertório conta com obras de artistas como Benito de Paula, Caetano Veloso, Cartola, Chico Buarque, Gal Costa, Gilberto Gil, Gonzaguinha, João Donato, Jorge Mautner, Lenine, Noel Rosa, Tim Maia, Tom Jobim e muitos outros.

 

23 de outubro de 2022, domingo

Local: Praça Tiradentes 

10h – Cia 2X2 – Espetáculo Griô

A Cia 2×2 – Cultura e Cidadania é formada por profissionais diversos, como artistas de teatro e da música, assim como educadores ambientais e arte-educadores. A multidisciplinaridade possibilita trabalhar com abordagens múltiplas a partir da linguagem teatral e outras linguagens com espetáculos artísticos e educativos, com penetração em projetos empresariais específicos, festivais e mostras, encontros e eventos temáticos ambientais e artísticos.

Espetáculo Griô: tambores, princesas e Baobás

O espetáculo “Griô: tambores, princesas e baobás” valoriza a cultura afro-brasileira através de um resgate de lendas e mitos tradicionais africanos. Surgiu através da necessidade de se falar sobre a cultura afro-brasileira e da vontade de resgatar contos tradicionais advindos da diáspora africana. A partir desse desejo, iniciou-se uma pesquisa sobre a cultura oral, literária e musical desses povos, que culminou num roteiro cênico-musical para uma contação de histórias. A contação de histórias vem em referência aos Griôs, contadores de histórias presentes em diversos lugares do continente africano que transmitiam ensinamentos através das lendas, músicas e costumes de seus povos. O espetáculo, aprovado no FUNCULT, estreou em junho de 2022 na casa de Cultura Negra de Ouro Preto, no bairro Alto da Cruz em Ouro Preto.

O Projeto para além do espetáculo se desdobra no desenvolvimento de práticas e ações arte-educativas, valorizando as experiências culturais, a preservação e difusão da memória, das tradições orais e costumes coletivos; difundindo técnicas do Teatro da Rua e da Contação de Histórias, com ênfase nos cantos e contos negros, africanos e afro-diaspóricos.

 

16h – Cortejo Congada – Reinado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Ifigênia (início no pátio central do Museu da Inconfidência, até a praça tiradentes) 

Visando a preservação das seculares tradições festivas e religiosas de Ouro Preto e de Minas Gerais, desde do dia 10 de janeiro 2008, as comunidades dos bairros Alto da Cruz, Padre Faria, Piedade junto com a Associação Amigos do Reinado, Paroquia de Santa Efigênia, Irmandade Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia se uniram para revitalizar a Festividade do Reinado de Nossa Senhora do Rosário e de Santa Ifigênia do Alto da Cruz“ A Fé que canta e dança” , também conhecida como Festa da Coroação de Chico Rei, criador do congado em Vila Rica e em Minas Gerais nos idos de 1821.

A celebração do Reinado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Ifigênia é patrimônio imaterial da cidade de Ouro Preto e acontece no início de janeiro, como símbolo de devoção e resistência. A comemoração tem mais de 300 anos de história, mas a tradição estava se perdendo quando, em 2008, pela união de pessoas, através da Associação Amigos do Reinado e por grupos locais, o encontro foi retomado. 

Os festejos do Reinado em Ouro Preto também rememoram a ancestralidade de Chico Rei, nascido Galanga, um monarca africano do Congo que veio escravizado para o Brasil e foi levado para a então Vila Rica – hoje Ouro Preto, em 1740. Chico Rei comprou sua alforria, a do filho e a de outros conterrâneos. A Irmandade da qual Galanga fazia parte, a primeira de negros livres de Vila Rica, foi criada em honra à Santa Ifigênia, e a memória de Chico Rei é resgatada nas celebrações de Ouro Preto.

 

20h – Chico Lobo

Violeiro, compositor, cantador, Chico Lobo é natural de São João Del Rei (MG) – cidade eleita Capital Brasileira da Cultura 2007, cujo jingle oficial é de sua autoria. Artista carismático, toca viola caipira desde os 14 anos. A crítica o considera um dos mais ativos e efetivos violeiros no processo de popularização da tradição musical do cenário brasileiro. É um profissional consciente do seu importante papel no universo da viola caipira e é desse modo que domina o palco – com presença e comunicação ímpares. Sobretudo, é um apaixonado pela cultura de sua terra. Foi nomeado Embaixador do Divino Espírito Santo (Festa folclórica de S.J.Del Rei) e Guarda Coroa de Santo Antônio (Congado/MG). Com a viola na mão toca e canta as folias, os congados, os catiras, as modas e demais ritmos que enfocam suas raízes mineiras e brasileiras no país e para o mundo – sempre de modo muito envolvente -, seja solo ou acompanhado por sua excepcional banda. 

 

 

FEIRINHA CULTURAL E GASTRONÔMICA

22 e 23 de outubro de 2022, de 10h às 17h / Praça Tiradentes

 

EVENTO PÚBLICO

Voltado para o público em geral, profissionais ligados aos setores da cultura e do patrimônio, gestores culturais, pesquisadores, professores, artistas, estudantes e demais interessados na temática. Para participação nas rodas de conversa e minicursos é necessário inscrição prévia. Haverá emissão de certificados.

ENDEREÇOS

. Casa Bernardo Guimarães (FAOP – Cabeças) – Auditório Vinicius de Moraes e Salas de aula: Rua Irmãos Kennedy, 601 – Bairro Cabeças

. FAOP – Antônio Dias (Núcleo de Arte & Ofícios): Praça Antônio Dias, 80 – Bairro Antônio Dias 

. Anexo do Museu da Inconfidência: Praça Tiradentes, 33 / Rua Vereador Antônio Pereira, Centro.

. Casa de Gonzaga: Rua Cláudio Manoel, 61 – Centro.