II Encontro de Orquestras Sociais Sinos-EMUFRN terá “concertão” em Natal

Não é de hoje que o Rio Grande do Norte é referência nacional e internacional na formação de música instrumental, e este berçário musical vem sendo atualizado há muitas gerações, principalmente nas cidades do interior onde se desenvolvem projetos musicais, filarmônicas, bandas e grupos. Para fortalecer este canal formador, a Escola de Música da UFRN, em parceria como o Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, sedia o II Encontro de Orquestras Sociais, entre os dias 3 e 7 de agosto, na Escola de Música da UFRN. O Sinos é fruto de uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, que conta com a curadoria de sua Escola de Música.

Mais uma vez, os grupos provenientes de diversas cidades do estado, formados por projetos sociais de música que atendem crianças e jovens, participam da ação voltada para as práticas musicais baseadas na construção coletiva de conhecimento. A programação do II Encontro de Orquestras Sociais prevê a realização de aulas de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, percussão, trompete, trombone, trompa, saxofone, fagote, flauta e oboé, além de ensaios da Orquestra do Encontro, formada por todos os alunos, recitais dos projetos.

Haverá um Concerto em que os grupos apresentarão individualmente seus trabalhos musicais desenvolvidos nos âmbitos dos seus projetos na Sexta-Feira dia 5, às 19h, e um Concerto de Encerramento, com a grande Orquestra do Encontro, no Sábado dia 6, às 20h – ambos no Auditório Onofre Lopes, na Escola de Música da UFRN, com entrada franca. “O ponto alto será a apresentação da Orquestra do Encontro, reunindo mais de 60 instrumentistas, sendo 40 deles oriundos das orquestras formadas em diversas cidades do Rio Grande do Norte”, comenta o coordenador do projeto, o instrumentista e professor Fábio Presgrave.

A Orquestra Sinfônica de Luís Gomes é uma das convidadas no Encontro

Os grupos

Compartilham vivências, aprendizados e muita música, os jovens instrumentistas da Orquestra Sinfônica de Luís Gomes, Orquestra D’Amore (Projeto Tocando a Vida com D’Amore), Orquestra Filarmônica Pauferrense, Orquestra Infanto-juvenil Oficina de Sonhos (ONG Oficina de Sonhos), Orquestra Ondas Musicais (Marinha) e Filarmônica 24 de Outubro de Cruzeta (Associação Musical e Cultural do RN – Cruzeta) capitaneada pelo Maestro Bembem Dantas.

Fábio Presgrave destaca a importância do encontro na formação dos músicos jovens. “No cerne de uma orquestra social, os processos educativos privilegiam práticas de aprendizagem que se desenvolvem a partir da convivência e das práticas coletivas, em que são contemplados aspectos musicais, culturais e humanos. Essa perspectiva artístico social fomenta o desenvolvimento de relações de afeto, e portanto o senso de coletividade; o estímulo a processos criativos e imaginativos; a exacerbação da sensibilidade auditiva, e assim a empatia através da escuta do outro”, comentou..

Em uma observação atenta dos cenários musicais e pedagógico musicais no Rio Grande do Norte revela o crescente aumento no número de jovens instrumentistas formados por meio de Projetos Sociais, caracterizando estes locais como verdadeiros berçários musicais. Indo além dos benefícios sociais e educacionais, alimentam cursos técnicos, graduações e o próprio mercado da música, fazendo girar a estrutura da economia criativa.

Fórum permanente

Um dos objetivos deste Encontro de Orquestras Sociais é construir um fórum permanente para abarcar ideias e soluções às dificuldades enfrentadas pelos projetos musicais que têm papel social. Há muitas histórias inspiradoras pelo Rio Grande do Norte, como a do Maestro Leandro e mestre em música pela UFRN. “Além de ser um fenômeno como músico, Leandro é um grande implantador de orquestras no interior. Ele coordena atualmente a Orquestra de Luis Gomes e a Pau-ferrense”, conta Presgrave. O objetivo do Encontro é fortalecer essas histórias.