Fun Arte no Rio: sucesso de público e de mídia

Integrantes do grupo da Escola Nacional de Circo e o público do evento

Aconteceu no Rio de Janeiro, entre os dias 27 e 30 de maio de 2022, a segunda edição do Fun Arte – Arte em Circuito, destacando a importância que o esporte e a cultura têm para a transformação social. O evento, que teve sua primeira edição em São Paulo, em novembro de 2019, desta vez teve como sede a Escola Nacional de Circo, na tradicional Praça da Bandeira, entre as regiões centro e zona norte da cidade. Neste post, contamos – e, em fotos de Walda Marques, mostramos – como foi o Fun Arte carioca.

O circuito cultural foi marcado pela diversidade, recebendo público de diferentes localidades e de várias faixas etárias, incluindo um grande número de crianças de excursões escolares e projetos sociais. A programação contou com apresentações e oficinas interativas, assim os jovens puderam assistir profissionais exibindo suas habilidades artísticas e também tiveram a oportunidade de praticar elas mesmas.

DJ Machintal em sua oficina

Circenses da Escola Nacional de Circo Viva apresentaram números de hipnotizar a platéia e ministraram práticas recreativas infantis em todos os dias do evento. As DJs Tamy, Milena Scheide e o DJ Machintal comandaram o ritmo que acompanhava os skatistas na pista. Machintal foi também responsável por uma oficina, que promovia a experimentação no manuseio das pick-ups. A proposta entusiasmou o público e fez sucesso entre os participantes.

Figuras ilustres do graffiti nacional, como Marcelo Ment e Toz Viana, prestigiaram o festival. O experiente Binho ficou responsável pela curadoria e, além dele, Márcio Graffiti também auxiliou as crianças no manejo dos sprays e stencils. Outras artistas, entre elas, Lolly, Gabriela Macena, Paula LLES e Klein, também contribuíram para o grande sucesso da atividade, que rendeu, entre sorrisos e mãos sujas de tinta, desenhos maravilhosos e assinaturas super criativas.

A rede Arte na Fonte foi também uma importante parceira do Arte em Circuito, promovendo um leilão com telas de pintores independentes. As obras ficaram expostas no salão do FunArte e os lances foram dados pelas redes sociais. Uma parte do dinheiro arrecadado foi destinada para os autores das obras e a outra para os alunos da Escola Nacional de Circo.

Bom Burnquist em ação

Bob Burnquist, a lenda do skate brasileiro, é a figura central na idealização do projeto. Ele, que é o maior medalhista da história dos X-Games, esteve presente em todos os momentos: fez grafitti, palestrou, tirou fotos com fãs e, principalmente, deu show no Half Pipe. Bob dividiu a rampa com outros talentos do esporte como Biano Bianchin e Pedro Matos, skatista mirim que arrepiou quem estivesse atento ao revezamento dos atletas. A pista funcionou de forma democrática resultando na confraternização entre skatistas e patinadores de diferentes idades e gêneros. Um destaque para Nando Araújo, autointitulado Skatista Cego, que possui um projeto com seu instrutor e fotógrafo Léo Scott, para incentivar e desenvolver técnicas de acessibilidade no esporte. Nando elevou o nível aplicando manobras com o auxílio de sua bengala.

No sábado, o programa “É de Casa”, da TV Globo, fez um quadro especial, ao vivo, transmitido do local. O repórter André Curvello entrevistou Bob Burnquist e integarantes da equipe da Funarte. Profissionais do SBT e da Rede Bandeirantes também gravaram algumas atrações e produziram matérias sobre o circuito cultural, o que fez o festival ficar mais movimentado a cada dia.

A cantora Lary

Ao final de cada dia, o programa incluía atrações de diversos gêneros musicais. Na abertura do FunArte, a cantora Lary, representou a nova geração do pop nacional e Ryan Realcria mostrou por que é um expoente do TrapBr. Na sexta feira, Taylan fez um show de rap acompanhado de guitarra e outros instrumentos. Já no fim de semana, foi a vez das releituras do rock dos anos oitenta, noventa e dois mil. No sábado, o Instinto Coletivo, projeto cover do Rappa, tocou os maiores hits do grupo e, no último dia, a banda de Tamoio Marcondes, presidente da Funarte, surgiu como atração surpresa com releituras de Raimundos e outros sucessos da época. Para finalizar, ainda no domingo, André Frateschi, seguiu na mesma referência sonora, performando diversos clássicos da música nacional que extasiaram a plateia em clima de nostalgia.

O FUN ARTE – Arte em circuito é uma iniciativa da Fundação Nacional de Artes – Funarte, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e o Instituto Bob Burnquist – Skate Cuida. O próximo destino é Niterói, ainda no mês de junho, o projeto fará uma intervenção no festival Itacoatiara Pro, o maior evento de esportes ao ar livre do Brasil. Na agenda também estão marcadas visitas às cidades de Belo Horizonte, em agosto, e Brasília, em novembro. Siga as redes sociais da @funarte e do @arteemcircuito para acompanhar a cobertura completa e saber como participar das próximas etapas.

O presidente da Funarte, Tamoio Marcondes, Bob Burnquist e alguns dos participantes das atividades