No dia 17 de agosto, em cerimônia realizada em sua sede na Rua do Passeio, Centro do Rio, a Escola de Música da UFRJ – EM recebeu a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ – Secec, Danielle Barros, para a assinatura da Carta de Intenção de parceria entre a Secretaria e a instituição. Além da secretária, a mesa foi composta também pela Vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, pelo diretor da Escola de Música, Ronal Silveira, e pelo vice-diretor da escola, Marcelo Jardim.

A cerimônia fez parte da programação da Semana de Aniversário da EM. Na ocasião, a Subsecretária Adjunta da Secec RJ e Diretora da Escola da Cultura RJ, Cláudia Viana, falou sobre a importância da parceria celebrada. Você confere esse depoimento no áudio a seguir.

A importância do Rio de Janeiro para a Música

Ao chamar os componentes da mesa, Marcelo Jardim ressaltou os 175 anos de atuação da EM em prol da Música, da Arte e da Cultura de nosso país, lembrando que passaram pela instituição grandes nomes da música brasileira. Marcelo revelou que a parceria com a Secec RJ se dará principalmente na parte pedagógica, em relação aos projetos sociais e demais ações que acontecem no nosso Estado, com foco em estabelecer uma rede muito forte de educação musical. O vice-diretor ressaltou ainda que o Estado do Rio de Janeiro é o berço da bossa nova, do samba, do choro e de tantos outros estilos musicais, que foram surgindo, sendo influenciados e influenciando a cultura de outras regiões do país.

Falando sobre o programa Arte de Toda Gente – parceria entre a universidade e a Funarte –, o vice-diretor mencionou os projetos de apoio às bandas e orquestras sociais, lembrando as bandas centenárias em atividade em todo o Brasil e sua grande diversidade. E destacou outras parcerias, como a mantida com a Sala Cecília Meireles, e das capacitações que o programa – através da Academia Arte de Toda Gente – disponibiliza em sua plataforma EAD.

Inovação

Cássia Turci, vice-reitora da UFRJ, destacou o papel da universidade. “A gente inventa meios para aproximar cada vez mais a população da cidade, do Estado, da Universidade”, afirmou. “Pensamos na educação do nosso país, para que a gente consiga atingir uma sociedade menos violenta, na qual não tenhamos pessoas passando fome, em que possamos levar educação para as nossas crianças, pensando em um futuro melhor para as próximas gerações”.

A vice-reitora mencionou ainda a interiorização da universidade, citando a unidade da UFRJ em Macaé, onde há 12 cursos de outras áreas e existe a intenção de ter, também, um centro de artes. “A gente precisa valorizar cada vez mais o que temos de melhor no nosso país, e a Música é uma das coisas mais lindas que temos”.

Família da cultura

A secretária da Secec RJ, Danielle Barros, lembrou semelhanças entre entidades e grupos distintos, que por vezes têm os mesmos ideais, mas não se conhecem. “Muitas vezes fazemos as mesmas coisas, defendemos as mesmas causas. Somos irmãos de causas que nos aproximam, a música, a cultura, a desconcentração dos recursos, a democratização. Mas, muitas vezes, a gente não se encontra”, constatou. Danielle deu como exemplo o caso uma reunião que teve com Orquestras Sociais, na qual todos se conheciam e reconheciam os trabalhos uns dos outros, sem, porém, ter tido um encontro daquele tipo antes.

“Estou feliz de estar aqui desse lado da mesa, conhecendo uma parte da família da cultura, que pode pensar muito diferente um do outro, ou de mim, mas que eu tenho certeza que está na lista da luta pela música, pela Universidade, pela Academia e pela cultura”, festejou. “Quero dizer que temos muita admiração pelo trabalho da Universidade, e que a gente segue muito nessa ponte”, afirmou Danielle, mencionando que, mesmo antes dessa parceria formal, em muitas ocasiões recorria à Escola de Música e que sempre foi prontamente atendida. “É bom a gente olhar para o lado e ter a Universidade como parceira”.

A secretária enfatizou a importância de levar a cultura a diversas partes do estado. “Nós, enquanto Secretaria de Cultura, temos muita vontade de viver cada dia mais esse processo de interiorização e também de fortalecimento da nossa cultura popular. E quando penso nas bandas, nas fanfarras, eu penso exatamente na valorização dessa cultura que é centenária e que também é popular, que fala para muitas pessoas”.