De Bach a Pixinguinha com o Trio Inesperado

Formado pelos músicos Simon Béchemin (fagote), Pablo de Sá (violoncelo) e Tibor Fittel (acordeom), o Trio Inesperado se apresentou no dia 24 de agosto, no Teatro Dulcina, no centro do Rio de Janeiro. No concerto, um repertório eclético, do erudito ao popular, que incluiu obras de Bach, Villa-Lobos, Piazzola e Pixinguinha, entre outros. O show faz parte da Mostra Bossa Criativa Arte de Toda Gente Rio de Janeiro, que ocupa o teatro às quartas-feiras, e conta com atrações selecionadas pelo Sinos. As apresentações são gratuitas e os ingressos podem ser obtidos antecipadamente na plataforma virtual Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/trio-inesperado/1672601) ou retirados diretamente na bilheteria.

O Trio Inesperado

Com o intuito de explorar as sonoridades e a partir da ideia de unir o fagote a outros instrumentos, em formações pouco usuais ou inesperadas, Simon Béchemin fundou o Trio Inesperado. Aliando-se ao acordeom de Tibor Fittel e ao violoncelo de Pablo de Sá, o fagotista propõe investigar novos repertórios a partir de arranjos elaborados em parceria e especialmente para o grupo.

Os músicos

Simon Béchemin nasceu na França e estudou nos Conservatórios Nacionais de Lille e de Paris e na Hocheschule von Musik em Colônia, Alemanha. Tocou também no Marrocos, na China e no Chile. Em 2014, tornou-se membro da Orquestra Sinfônica Brasileira. Para a temporada 2017, foi convidado pela Orquestra Sinfônica del Sodre, no Uruguai, como fagote solo. No Brasil, alia seu trabalho na OSB com colaboração em outras orquestras, conjuntos, como o aclamado Quinteto Villa-Lobos; ainda atua em gravações e participações em shows e programas de televisão. Mantém um Duo com a flautista Sofia Ceccato e é integrante da banda Beraderos, na qual participou também como arranjador no disco homônimo, lançado pela Nascimento Música, em 2021. Simon é fagotista da Orquestra Barroca da Unirio.

Pablo de Sá estudou com Nerisa Aldrighi, Paulo Santoro, Marie Bernard, Hugo Pilger, Bernardo Bessler, Watson Clis e William Molina na Academia Latinoamericana de Violoncello, na Venezuela, e na France Springuel no Koninklijk Conservatorium Antwerpen, na Bélgica. Foi primeiro violoncelo da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, com a qual se apresentou diversas vezes como solista; e fez parte da turnê pela América do Sul da Orquestra de Jovens do Mercosul. Também participou de concertos junto a DeFilharmonie, Antwerp Chamber Orchestra e Kerberos Trio na Bélgica. Atualmente é professor, primeiro violoncelo da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e integrante do Abstrai Ensemble.

Tibor Fittel é pianista, acordeonista, compositor e arranjador. Bacharel em Piano pela UFRJ, com Mestrado em Ensino das Práticas Musicais na Unirio. Tocou com artistas como Elba Ramalho, Carlos Lyra, Leny Andrade, Robertinho de Recife, Rildo Hora, Fagner, Mar’tnália, Zélia Duncan e Claudette Soares, entre outros. Assina trilha de espetáculos de teatro como “O princípio de Arquimedes”, de Josep Maria Miró, sob direção de Daniel Dias; “O cego e o louco”, sob direção de Gustavo Wabner; e “O paraíso mais belo”, de José Mauro Brant. Além de assinar trilhas para cinema, como do longa “O brilho dos meus olhos”, de Allan Ribeiro. Integra o Duo Querubim, acordeon e voz com repertório de concerto, com sua esposa Camila Marliere. Compôs a Suíte Carioca, por encomenda do projeto Um Novo Olhar, da Funarte, já disponível no website e canal Arte de Toda Gente, no Youtube.

O Programa

Piazzola, Libertango (trio)

Bach, Prelude I para suíte para celo (duo fagote celo) e Prelude XII BWV 857 (trio)

Villa-Lobos, Suíte Popular brasileira, Mazurca, Valsa, Gavotte (trio)

Mignone, Modinha (trio)

Fauré, Pièce (duo fagote acordeon)

Satie, Gnossienne 1, Gymnopédie 1 e 3 (trio)

Pixinguinha, Vou vivendoNaquele tempoCarinhoso (trio)

Jacob Bittencourt, Santa Morena (trio)

Fotos de Henrique Koifman.