O Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos e a Filarmônica de Alagoas promovem, a partir do dia 31 de julho, em Maceió, uma série de aulas para a capacitação para professores e reciclagem para instrumentistas que atuarão em projeto de orquestras e coros juvenis do Estado. Conduzidas pela violinista e professora Carla Rincón, as atividades acontecerão ao longo de cinco dias, terminando com uma masterclass em 4 de agosto. O Sinos integra o Programa Arte de Toda Gente, uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.
Em suas aulas, a professora Carla Rincón trabalhará aspectos voltados ao núcleo artístico da Orquestra Filarmônica de Alagoas, oferecendo abordagem técnica para alguns instrumentistas. Mas o principal foco da capacitação é o apoio pedagógico, por meio de ferramentas e técnicas que auxiliarão os professores – integrantes da cooperativa que mantém a Filarmônica – que atuarão junto aos alunos da Rede Somar. Novo projeto de orquestras e coros juvenis do Estado de Alagoas, a Rede iniciará suas atividades em agosto em escolas do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas – CEPA, atendendo a até 150 alunos, com aulas de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, piano, canto coral e flauta doce em práticas semanais regulares.
A professora Carla Rincón
Carla Rincón é fundadora, líder artística e primeiro violino do Quarteto Radamés Gnattali. Oriunda do projeto Sistema Nacional de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela, onde nasceu, Carla foi professora do conservatório Simón Bolivar e construiu uma destacada carreira internacional, como camerista e solista, com apresentações em diversos continentes e em algumas das mais importantes salas de concerto do mundo e participando de gravações importantes – como a das obras integrais para cordas de Radamés Gnattali, Ricardo Tacuchian e Heitor Villa-Lobos. Atualmente ela é a diretora artística e pedagógica da plataforma educativa Brasil de Tuhu e diretora musical e pedagógica do Instituto Zeca Pagodinho, além de fazer parte do corpo docente de grandes festivais, no Brasil e no exterior.
Orquestra Filarmônica de Alagoas
Criada em 2017, a Orquestra Filarmônica de Alagoas surgiu para suprir uma carência cultural de Alagoas, até então um dos únicos estados brasileiros que não contava com uma orquestra sinfônica profissional. A formação nasceu de forma independente, com a união de músicos profissionais que formaram a Cooperativa dos Músicos da Orquestra Filarmônica de Alagoas – Cofia que, hoje, conta com mais de 30 associados. Desde sua fundação, a orquestra vem se apresentando com regularidade, com um repertório variado que vai de clássicos eruditos à música popular, inclusive de “Clássicos do Rock”, contando com a participação de solistas convidados – entre eles artistas regionais. A direção artística do grupo é do maestro Luiz Martins.