Entre os dias 2 e 5 de outubro, a Escola de Música da UFRJ foi tomada pelo som e potência das bandas de música. O V Simpósio de Bandas Funarte-UFRJ reuniu músicos, regentes, professores e estudantes de todo o país em quatro dias de aprendizado, trocas e apresentações que lotaram o Salão Leopoldo Miguez e outros espaços da instituição.

Foram 423 inscritos nas oficinas, 530 músicos envolvidos em ensaios e concertos, 40 professores, 17 oficinas musicais, 15 concertos e um público de mais de 2 mil pessoas nos concertos. A programação também contou com três mesas-redondas, dez transmissões simultâneas pelo Canal Arte de Toda Gente, e o trabalho técnico de dois laboratórios da UFRJ — SUAT (vídeo) e LACRIMAE (áudio) — que envolveram dez técnicos entre professores e alunos.

Tudo isso com o suporte de uma equipe de 42 profissionais de produção e apoio e a presença de intérpretes de Libras, garantindo acessibilidade durante o evento.

Troca, aprendizado e música por todos os lados

Durante o simpósio, o que se via eram corredores cheios, sons de instrumentos vindos de todas as salas e grupos formados a cada intervalo. Oficinas, ensaios e concertos se misturavam num ambiente vibrante, que celebrava tanto o ensino quanto a prática musical.

O evento é parte do projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música, vinculado ao programa de extensão Arte de Toda Gente e coordenado pelo professor Marcelo Jardim. A proposta é poderosa: oferecer formação, repertório e suporte para bandas de música de todo o Brasil, conectando regentes e instrumentistas em torno do desejo comum de fazer música juntos.

Estreias de Tim Rescala e Alexandre Schubert encantam o público

A abertura do simpósio, no dia 2 de outubro, foi marcada por duas estreias de peso que empolgaram o público do Salão Leopoldo Miguez. Sob regência e direção artística de Marcelo Jardim, a Orquestra de Sopros da UFRJ apresentou a versão para banda sinfônica de “As Aventuras de Pedro Malasartes”, de Tim Rescala, e a obra “Santos Dumont – Suíte nº 2”, de Alexandre Schubert.

O concerto teve participação especial do Grupo de Metais e Percussão da Casa do Choro, e dos convidados Aquiles Moraes, JJ Simões e Nailson Simões (trompetes); Tiago Carneiro (trompa); Everson Moraes (trombone); Silas Jr (tuba); Marcos Tadeu (percussão) e do cantor Cleyton Pulzi (tenor, solista).

Os regentes convidados Darrell Brown e Marcelo Maganha também fizeram parte dessa noite que celebrou a força e a criatividade da música brasileira para sopros.

Mesa sobre a WASBE 2026, evento que coloca o Rio de Janeiro no mapa mundial das bandas

Outro ponto alto da programação foi a mesa “WASBE 2026: como participar”, realizada no foyer do Salão Leopoldo Miguez, com Marcelo Jardim e Darrell Brown (Georgia Southern University, EUA). O encontro apresentou detalhes da participação do Rio de Janeiro como sede da conferência mundial da World Association for Symphonic Bands and Ensembles, que acontecerá em 2026.

Mais informações estão disponíveis no site wasbe2026.com.

Um encontro que cresce a cada edição

Com suas oficinas, mesas, concertos e encontros informais, o simpósio mostrou mais uma vez a força das bandas de música como espaços de aprendizado coletivo e criação. Músicos de diferentes formações e idades se reuniram com o mesmo entusiasmo — tocar, ensinar e aprender.

De dentro das salas de aula ao palco do Salão Leopoldo Miguez, o V Simpósio de Bandas Funarte-UFRJ reafirmou o que já se tornou marca registrada do projeto: a música como ponto de encontro e como linguagem de transformação.

Números que refletem um trabalho coletivo:

2 intérpretes de Libras

40 professores (18 da EM/UFRJ)

423 inscritos nas oficinas

530 músicos envolvidos nos grupos

17 oficinas musicais

3 mesas-redondas com 10 debatedores

12 regentes

15 concertos

42 integrantes na equipe de produção e apoio

10 transmissões simultâneas no Canal Arte de Toda Gente

2 laboratórios de tecnologia (SUAT e LACRIMAE) com 10 técnicos

2230 pessoas na plateia dos concertos