A Oficina de Bandolim é conduzida por quatro professores, cada um deles à frente de cinco videoaulas, em que abordam diferentes assuntos relacionados ao instrumento, como sua história, postura, afinação e técnicas de execução. No primeiro vídeo da série, Paulo Sá faz um resumo histórico sobre as origens e a trajetória do bandolim desde o século XVII, até os dias de hoje. A ideia é estimular a curiosidade dos alunos em relação a como eram a técnica e a prática do instrumento no passado, instigando-os a produzir novos estudos, artigos e pesquisas sobre a história e o desenvolvimento do bandolim no Brasil. Além de Paulo Sá, estão na condução das aulas Tiago Santos, Vitor Casagrande e Daniel Migliavacca.
“O bandolim é, sem dúvida, um instrumento muito representativo na música popular brasileira”, afirma Paulo Sá. Ele conta que o instrumento vem sendo, cada vez mais, estudado e tocado de forma muito técnica por jovens bandolinistas intérpretes. “Acredito que o projeto Bossa Criativa vai atender muito bem à demanda pelo aprendizado de bandolim que existe hoje no Brasil. E, também, que vai abrir portas para aqueles que queiram seguir no estudo, fazer uma graduação no instrumento na Escola de Música da UFRJ, onde esse curso completou recentemente 11 anos de criação, e, quem sabe, um mestrado, como é o caso dos três outros professores de nossa oficina, que foram meus orientandos no Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da Universidade, o PROMUS, e são três excelentes bandolinistas. As pesquisas de cada um deles foram muito boas”, revela.
O carioca Paulo Sá é doutor em Música, mestre em Musicologia e professor na graduação (Bandolim) e na pós-graduação da UFRJ. Em sua carreira como músico, participou de vários conjuntos importantes, como Orquestra de Cordas Brasileiras, Rio Trio, Camerata Brasil, Paulo Sá Quarteto e o Duo Alcantilado, formado com Fábio Nin. Atualmente, ele trabalha com a Camerata Dedilhada da UFRJ e com o violonista e violeiro Daniel Miranda, no Duo Barroqueando. Paulo esteve, como professor visitante, na Academia de Música de Malmö, na Suécia (2017), e no Conservatório de Milão, na Itália (2013). O músico deu concertos-palestras sobre o choro em instituições de peso, como o Berklee College of Music, a Universidade de Massachusetts – Darthmouth, a Brown University, a Universidade de Cornell e a Universidade do Oregon, todas nos EUA.
Confira a seguir o roteiro completo das aulas, que serão liberadas durante as próximas semanas:
1 – Resumo histórico do bandolim (Paulo Sá)
2 – Instrumento e postura (Paulo Sá)
3 – Afinação, regulagem do cavalete, cordas e palhetas: bandolim de 8 e 10 cordas (Tiago
Santos)
4 – Posicionamento da mão direita: exercícios de adaptação e coordenação (Paulo
Sá)
5 – Posicionamento da mão esquerda: exercícios de adaptação, independência e
fortalecimento dos dedos (Paulo Sá)
6 – Aspectos preliminares do estudo da palhetada (Vitor Casagrande)
7 – Tremolo: técnicas, estilos e exercícios (Vitor Casagrande)
8 – Introdução a escalas e arpejos: bandolim de 8 e 10 cordas (Tiago Santos)
9 – Escalas cromáticas (Vitor Casagrande)
10 – Leituras de cifras harmônicas (Vitor Casagrande)
11 – Arpejos de cifras harmônicas (Daniel Migliavacca)
12 – Montagem de acordes 1: tríades (Daniel Migliavacca)
13 – Montagem de acordes 2: tétrades (Daniel Migliavacca)
14 – Acompanhamento 1: Polca, Maxixe e Choro. (Daniel Migliavacca)
15 – Acompanhamento 2: Samba e estilos relacionados (Daniel Migliavacca)
16 – Efeitos diversos e introdução a técnicas estendidas (Prof Paulo Sá)
17 – Tocando e interpretando Choro (Vitor Casagrande)
18 – Introdução à polifonia no bandolim de 10 cordas: melodia a duas vozes (Tiago
Santos)
19 – Introdução à polifonia no bandolim de 10 cordas: melodia a 3 vozes (Tiago Santos)
20 – Montando um arranjo para o bandolim de 10 cordas (Tiago Santos)