Liduíno PITOMBEIRA

Nasceu na cidade de Russas, no Estado do Ceará, em 1962. Estudou com Vanda Ribeiro Costa, Tarcísio José de Lima e José Alberto Kaplan, tendo se graduado em Música pela Universidade Estadual do Ceará, em 1996. Realizou o Doutorado na Louisiana State University, nos EUA, onde estudou com Dinos Constantinides. Pitombeira foi professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Campina Grande e atualmente é professor de composição da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde integra, no Programa de Pós-graduação, o grupo de pesquisa MusMat, tendo publicado diversos artigos científicos sobre composição e teoria.

Suas obras têm sido executadas por grupos como o Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim, Louisiana Sinfonietta, Red Stick Saxophone Quartet, New York University New Music Trio, The Chicago Philharmonic e Poznan Philharmonic Orchestra, da Polônia. No Brasil, suas obras constam em programas de orquestras como a Sinfônica do Espírito Santo, a Sinfônica de Ribeirão Preto, a Sinfônica da Universidade de São Paulo, a Sinfônica da UFRJ, a Petrobrás Sinfônica e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Tem recebido diversas premiações em concursos de composição no Brasil e nos Estados Unidos, incluindo o primeiro prêmio no Concurso Camargo Guarnieri de 1998 e no concurso Sinfonia dos 500 Anos. Recebeu também o prêmio 2003 MTNA-Shepherd Distinguished Composer of the Year Award por seu trio com piano *Brazilian Landscapes* nº 1. Mais três obras de sua série *Brazilian Landscapes* nº 2, nº 6 e nº 9 foram premiadas nos Estados Unidos. Suas peças são publicadas pela Peters, Bella Musica, Criadores do Brasil — Osesp, Conners, Alry, RioArte e Irmãos Vitale. Gravações de suas obras estão disponíveis nos selos Magni, Summit, Centaur, Antes, Filarmonika, Blue Griffin e Bis. Pitombeira foi premiado em 2019 com a Medalha Villa-Lobos, concedida pela Academia Brasileira de Música, e homenageado no VII Festival de Música Contemporânea Brasileira.

A *Suíte Bumba-meu-boi* foi composta por encomenda do Sistema Nacional das Orquestras Sociais do Brasil. De acordo com o autor “os materiais de tradição oral que dão origem à obra foram recolhidos por Mário de Andrade no Engenho Bom Jardim, no Rio Grande do Norte. O fragmento do Bumba-meu-boi utilizado no primeiro movimento da suíte é um ritmo baiano denominado “Enfieira”, em andamento moderado. O segundo é um “Bendito” cantado “depois do engenho, tirando esmola prá missa”. O terceiro é um “Baiano de Imburana”, que é um baiano dançado pelo boi, após sua ressurreição, citados do livro *Danças dramáticas do Brasil*, volume 3.