Ivan Paparguerius nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1981. Cursou o bacharelado em Violão na Escola de Música da UFRJ, instituição onde concluiu também o Mestrado e atualmente cursa o Doutorado em Música. Como compositor teve obras apresentadas na Bienal de Música Brasileira Contemporânea e no Panorama da Música Brasileira Atual, em espetáculos teatrais e em programas da Rádio MEC FM e da TV Brasil. Recebeu prêmios nacionais de composição, como o Prêmio Funarte de Composição Clássica (2010) e o 1º lugar no V Concurso Nacional de Composição da EM, da UFRJ (2018). Foi finalista em duas edições dos Festivais de Música da Rádio MEC, na categoria Música Clássica. Dentre suas obras se destacam *Estudo líquido para violão* (2010), *Reverenciando Radamés* para quarteto de cordas (2005), *Divertimento sinfônico* “Fanfarra” (2016) e *Divertimento sinfônico* “Dança” (2018).
O *Concertino para violão* e orquestra de cordas foi composto em 2021 mediante encomenda do Sistema Nacional de Orquestras Sociais da Funarte. A obra teve sua estreia no concerto de abertura da XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea, em 13 de novembro de 2021, na Sala Cecília Meireles, com o próprio compositor como solista à frente da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, sob a regência de Guilherme Bernstein. Nas notas de programa do evento, o compositor assim descreveu sua composição: “De acordo com a proposta do Sinos, a obra apresenta características regionais da música brasileira, reconhecidas em referências diretas a gêneros populares e, também, por elementos já apropriados e presentes indiretamente em meu trabalho. A peça leva em consideração as limitações de volume do violão, sendo a textura um elemento que foi trabalhado cuidadosamente para favorecer o equilíbrio sonoro entre o solista e a orquestra. O violão, dessa forma, pode ser empregado em conjunto com a orquestra sem que haja necessidade de amplificação. A estruturação harmônica pode ser interpretada como tonal. No entanto, a constante sobreposição de acordes tonais e o empréstimo de acordes de tonalidades distintas revelam uma concepção quanto à harmonia na obra; que pode ser melhor descrita como politonal”.