Oscar Lorenzo Fernandez nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de novembro de 1897. Ingressou no Instituto Nacional de Música (INM) em 1917, onde estudou piano com J. Octaviano e Henrique Oswald, matérias teóricas e composição com Frederico Nascimento, Francisco Braga e Luciano Gallet, recebendo também a orientação de Alberto Nepomuceno.
Em 1922, obteve os três primeiros lugares no Concurso de Composição da Sociedade de Cultura Musical, com *Noturno* e *Arabesque* para piano e a canção *Cisne*. De 1924 é o *Trio brasileiro* para violino, violoncelo e piano, no qual já se evidencia a orientação nacionalista de sua obra. Em 1925, foi efetivado como professor do INM. No mesmo ano, sua *Suíte sinfônica* op. 33 foi estreada pela Orquestra do INM, sob a regência de Humberto Milano. Uma importante obra de câmara foi escrita no ano seguinte, o *Quinteto* op. 37 para sopros, primeira composição brasileira para tal formação. Seguiram-se a elas novas obras sinfônicas, como o bailado *Imbapára* (1928) e a *Suíte Reizado do Pastoreio* (1929), que inclui o famoso *Batuque*. Em 1930, escreveu uma de suas peças para piano mais tocadas, os *Três estudos* em forma de sonatina.
A partir de 1932 passou a colaborar com Villa-Lobos na Superintendência de Educação Musical e Artística do Distrito Federal. Em 1934, foi convidado para integrar o corpo docente do Conservatório de Música do Distrito Federal e, em 1936, fundou o Conservatório Brasileiro de Música. No mesmo período compôs a *Valsa suburbana* para piano (1932), as *Três suítes brasileiras* para piano (1936-1938) e seu único *Concerto* para piano e orquestra (1935).
O ano de 1941 é marcado pela estreia de sua ópera *Malazartes*, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do próprio compositor. A produção na década de 1940 inclui o *Concerto* para violino e orquestra (1942), estreado em 1945 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência de Erich Kleiber e Oscar Borgerth como solista; a *Sinfonia* nº 1 (1945), a *Sonata Breve* para piano (1947), a *Sinfonia* nº 2 “Caçador de Esmeraldas” (1947) e a derradeira obra, as *Variações sinfônicas* para piano e orquestra (1948). Lorenzo Fernandez faleceu em 27 de agosto de 1948.