Dimitri Cervo nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 19 de fevereiro de 1968. Seus principais estudos musicais de piano, composição e regência, no Brasil, se deram em Porto Alegre, na UFRGS, e em Salvador, na UFBA. Realizou cursos de composição com Franco Donatoni e Ennio Morricone na Accademia Chigiana de Siena, Itália, e na University of Washington, nos EUA.
Começou a se destacar nacionalmente em 1995, quando sua *Abertura e Toccata* recebeu o primeiro lugar no concurso de composição do XV Festival de Londrina. Em sua produção se destacam duas séries de obras. Na *Brasil 2000* o compositor procurou “uma síntese entre elementos da música brasileira e feições estilísticas do minimalismo, um equilíbrio entre os elementos nacionais e o voo universalista, definindo uma estética pessoal também inclusiva”. Nela estão obras como a *Toccata Amazônica* nº 3, *Toronubá* nº 4, *Pattapiana* nº 5 e *Canauê* nº 9. Já na *Brasil 2010* o compositor desenvolve “uma estética híbrida a partir de diversas influências”, tendo por característica “a formação instrumental, que contempla obras para instrumentos solistas e orquestra de cordas, de câmara ou sinfônica” em obras como o *Concerto para violão* nº 2, *Rapsódia Maracatu* para piano e orquestra nº 4, o *Concerto para flauta e oito violoncelos* nº 5, o *Concerto para violino e orquestra de cordas* nº 6, *Concertante para tímpanos* nº 8, a *Suíte concertante para bandolim e orquestra de câmara* nº 9 e o *Concerto para oboé e cordas* nº 11. Ainda no terreno orquestral podem ser citadas as *Aberturas Brasil* (2012, 2014 e 2018) e a *Abertura Rio 450 anos*.
Suas composições já foram apresentadas em todos os estados brasileiros por mais de 30 orquestras, em eventos como o Festival de Inverno de Campos do Jordão, o Rio International Cello Encounter e a Bienal de Música Brasileira Contemporânea e em países como Estados Unidos, Canadá, Venezuela, Argentina, Paraguai, Costa Rica, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Holanda, Grécia, Suíça, Noruega, Rússia, Bulgária, Sérvia, Israel, Coreia do Sul, Vietnã, Cingapura e Nigéria.
Dimitri Cervo é docente no Departamento de Música do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.