Carioca, nascido em 11 de julho de 1848, Joaquim Antônio da Silva Callado começou os estudos musicais pela mão do pai, que era mestre da Banda Sociedade União de Artistas. Estudou posteriormente com Henrique Alves de Mesquita no Conservatório de Música. Aos 15 anos, apresentou-se pela primeira vez em concerto. Sua composição *Querosene* (1863) é uma das primeiras de suas obras conhecidas. Em 1866 realizou concerto no Teatro Ginásio Dramático, com a presença da família imperial. Sua composição que primeiro fez sucesso foi uma quadrilha chamada *Carnaval* (1867), ano em que perdeu seu pai, aos 52 anos. Sua primeira polca, chamada *Querida por todos* (1869) foi dedicada à Chiquinha Gonzaga. Seu *Lundu característico* (1871) fez muito sucesso e lhe valeu a indicação para o cargo de professor de flauta no Conservatório Imperial de Música, assim como do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.
Callado criou, por volta de 1875, um conjunto que se tornou padrão na música instrumental carioca e considerado o primeiro grupo de choro, composto por dois violões, uma flauta e um cavaquinho. Foi um dos maiores flautistas brasileiro de seu tempo e rivalizava com o belga Matheus André Reichert, que havia se estabelecido no Rio de Janeiro em 1859. Em 1879, Callado foi condecorado com a Ordem da Rosa, no grau de Comendador, a mais alta condecoração do Império. Sua peça intitulada *Flor amorosa* é das mais tocadas até hoje e recebeu posteriormente letra de Catulo da Paixão Cearense. Callado morreu no Rio de Janeiro, vítima de meningite, em 20 de março de 1880.