Nascida no Rio de Janeiro (1978), Clarice Assad é bacharel em música pela Roosevelt University, em Chicago, Illinois, e mestra em música pela Escola de Música da Universidade de Michigan, onde estudou com Michael Daugherty, Susan Botti e Evan Chambers. É uma das compositoras brasileiras de música de concerto mais executadas de sua geração, inclusive por orquestras internacionalmente aclamadas, como a Philadelphia Orchestra, Tokyo Symphony, Queensland Symphony e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Atuou como compositora residente na The Albany Symphony, no Festival Cabrillo de Música Contemporânea, na New Century Chamber Orchestra e na Boston Youth Orchestra. Recebeu vários prêmios, incluindo o Aaron Copland Award, ASCAP em composição, o Morton Gould Young Composer Award, a Van Lier Fellowship, a Franklin Honor Society Award, o Samuel Ostrowsky Humanities Award, o programa New Music Alive Partnership da League of American Orchestras e um McKnight Visiting Composer Award. Recebeu também numerosas encomendas de instituições como o Carnegie Hall, Sociedade de Música de Câmara do Lincoln Center, Osesp, Chicago Sinfonietta, Boston Youth Orchestra, General Electric, Sybarite5, conjunto Metropolis, Vail Music Festival, Queen Reef Music Festival e La Jolla Music Festival. Como artista já se apresentou em salas e festivais como Concertgebow de Amsterdã, o Carnegie Hall e o Metropolitan Museum of Art de Nova York, o Le Palais des Beaux-Arts da Bélgica, o Casino de Paris, o Jazz at Lincoln Center e o Caramoor International Jazz Festival. Ministrou masterclasses, residências e workshops nos Estados Unidos, em países da Europa e do Oriente Médio, incluindo a Julliard School of Music, o Aarhus Conservatory of Music, Columbia College of Chicago, a Universidade de Michigan, Pratt University, Universidade de Texas e o Conservatório Real de Bruxelas.
A obra orquestral de Clarice Assad é numerosa, com destaque para *Terra Brasilis* “Fantasia sobre o Hino Nacional Brasileiro” (2011) e *Saravá* “Abertura para orquestra em homenagem a Vinícius de Morais” (2013), encomendadas e estreadas pela Osesp, e *Nhanderú* “Abertura para orquestra” (2013), comissionada pela The Albany Symphony. Outros destaques da produção de Clarice Assad são as obras para o palco, como a *Ópera das Pedras* (2010) e o balé *Iara* (2018), e as composições dedicadas ao violão, como *Álbum de retratos* (2012) para dois violões e orquestra, *Saci-Pererê* (2013) para violão e orquestra de câmara e o *Concerto para dois violões* e orquestra de cordas (2018).