Com a curadoria de Nicole Somera, produtora de arte e acessibilidade, a live Artistas com deficiência: fora de lugar? tem como proposta discutir as relações entre arte e deficiência. Encontros e desencontros entre corpo e palco, surdez e música, arte e acessibilidade, em uma conversa sobre vida, artes e deficiência. Além de Nicole, participam do encontro os artistas Andréia Brito (cantora), Cleber Tolini (ator) e Estela Lapponi (produtora). A mediação é da Coordenadora de acessibilidade do projeto Um Novo Olhar, Patrícia Dorneles.
**Os palestrantes**
** Andréia Brito** é cantora e é surda. Descobriu que poderia ouvir de uma forma diferente, com os olhos. Graças a seus familiares, professores, psicólogos, terapeutas e amigos ouvintes de infância, Andreia fala normalmente. Em 1994, foi convidada para participar da banda Surdodum, na qual começou tocando instrumentos e logo assumiu os vocais. Ao gravar músicas em um estúdio, afirmou: surdos podem falar e escutar de uma forma diferente.
**Cleber Tolini** é ator, comediante e realizador do espetáculo O Subnormal – Uma História de Baixa Visão, tem no currículo trabalhos em teatro, participações em séries e peças publicitárias.
Estela Lapponi é performer e videoartista paulistana e tem como focos de pesquisa
o discurso cênico do corpo com deficiência, o relacional com o público e o trânsito entre as linguagens cênicas e visuais. Realiza, desde 2009, práticas artísticas sobre o conceito que criou – Corpo Intruso e seu contêiner, Zuleika Brit, uma investigação cênica, visual e conceitual.
Em 2018, dirigiu seu primeiro curta-metragem, profanAÇÃO.
**Nicole Somera** é bacharel em Música Popular e mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Criou e coordena, desde 2017, o Projeto de Recursos de Acessibilidade para as produções culturais do Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp – CIDDIC, que promove a acessibilidade aos grandes eventos do Centro, como óperas e festival de corais. Em 2019, lançou o livro O artista com deficiência no Brasil (Appris). Atualmente, dedica-se também a seu novo projeto pessoal: o canal Bengala Atômica, no Youtube, que conta com legenda descritiva, audiodescrição e janela de Libras, e fala sobre acessibilidade cultural, sob mais
**Patrícia Dorneles**, a mediadora, é graduada em Terapia Ocupacional pela Federação das Faculdades Metodistas do Sul Instituto Porto Alegre, mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011), é pós-doutora em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Atua há 20 anos no campo das políticas públicas culturais e tem experiência na área de Artes, com ênfase em política cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: ação cultural, política cultural, ação coletiva, educação popular e saúde e direitos humanos. Atualmente, é Professora Adjunta IV do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ, sendo docente das disciplinas Laboratório A, Laboratório B e Educação Popular e Saúde. Foi Coordenadora substituta de Extensão da Faculdade de Medicina da UFRJ e é coordenadora do I Curso de Pós-Graduação em Acessibilidade Cultural para pessoas com deficiência com o apoio do Ministério da Cultura. Foi ainda Superintendente de Difusão Cultural do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e é Coordenadora do Grupo de Pesquisa Terapia Ocupacional e Cultura – CNPQ.